Saúde

5 Milhões de Pessoas Podem Perder Desconto em Academias: Entenda o Impacto

2024-11-09

Autor: Maria

As empresas do setor de vale-alimentação estão alarmadas. Estima-se que cerca de 5 milhões de trabalhadores com carteira assinada no Brasil perderão o desconto em academias como um benefício trabalhista em 2024. O motivo? No mês passado, o governo Lula decidiu proibir o pagamento de assistência à saúde e atividades físicas para trabalhadores, usando incentivos fiscais do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

De acordo com estimativas internas de uma empresa do setor, essa mudança pode afetar até 6,6 milhões de trabalhadores que atualmente usufruem de benefícios que incluem academia, farmácia, telemedicina e apoio psicológico. A preocupação é que essa decisão criará um impacto direto na saúde pública, já que o Brasil figura como o quinto país mais sedentário do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Sem esses descontos, muitos trabalhadores podem se sentir desencorajados a manter uma rotina saudável, resultando em um aumento nas filas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a renda média do trabalhador brasileiro em torno de R$ 2,9 mil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a perspectiva é que muitos beneficiários não consigam arcar com os custos das academias sem o suporte financeiro do governo. Esse cenário é ainda mais preocupante para pequenas e médias empresas, que representam a maior parte do mercado de trabalho e frequentemente oferecem esses benefícios para atrair e reter talentos.

No dia 10 deste mês, o Ministério do Trabalho vetou incentivos a qualquer benefício pago aos trabalhadores que não esteja diretamente relacionado à alimentação. Isso exclui serviços valiosos como telemedicina, desconto em academias e apoio psicológico. As mudanças entrarão em vigor nos próximos meses, conforme os contratos atuais entre as empresas de vale-alimentação e os empregadores forem expirando.

Em resposta a essas mudanças, o ministério justificou que as alterações visam "restaurar o propósito original do Programa de Alimentação do Trabalhador", enfatizando que serviços adicionais, embora importantes para a qualidade de vida, não são considerados essenciais para a Segurança Alimentar e Nutricional.

Esse cenário levanta um questionamento: como o Brasil lidará com a crescente crise de saúde pública e a necessidade de promoção do bem-estar em tempos de cortes orçamentários? Especialistas alertam que a medida pode não apenas acelerar o sedentarismo entre a população, mas também ampliar os gastos do governo com saúde, caso esses trabalhadores adoeçam e busquem atendimento no SUS.