A Batalha pela Medicina: Gigantes da Educação fazem Movimentos Estratégicos!
2024-12-24
Autor: Matheus
No meio de uma intensa disputa entre os principais grupos educacionais e o MEC (Ministério da Educação), surge uma nova oportunidade: o Grupo Dom Bosco, sob a liderança do empresário Chaim Zaher, acaba de receber autorização para abrir 54 novas vagas no curso de Medicina na Life Unic Education, em parceria com Mohamad Abou Wadi, do IOA.
O curso, que terá uma mensalidade aproximada de R$ 11 mil, está gerando bastante expectativa. Chaim não para por aí; ele ainda aguarda a aprovação para mais 60 vagas de Medicina no Dom Bosco, que atualmente abriga 25 mil alunos em Curitiba (PR).
O Grupo Dom Bosco faz parte do conglomerado SEB, pertencente à família Zaher, que já conta com cerca de 400 mil alunos em marcas reconhecidas, como Maple Bear e Estácio. Chaim Zaher, um dos nomes mais influentes do setor, também é o principal acionista da Yduqs, controladora da famosa instituição Estácio.
No entanto, a batalha não se limita às novas vagas. O MEC se vê diante de grandes grupos educacionais que exigem a reavaliação dos critérios para a autorização de novas faculdades ou a expansão de vagas nas já existentes. A proposta dos empresários envolve uma mudança radical, onde o único critério adotado seria o índice de médicos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) por município.
Se aprovado, onde houver menos de 3,63 médicos para cada mil habitantes, novas instituições poderiam abrir suas portas. Este novo parâmetro poderia permitir a liberação de mais de 96% dos aproximadamente 180 pedidos em análise. Atualmente, o MEC utiliza a diretriz da Lei do Mais Médicos, que segmenta o Brasil em 108 regiões de saúde, priorizando áreas que têm menos de 2,5 médicos por mil habitantes.
Essa abordagem acaba restringindo a abertura de vagas em grandes centros urbanos, onde a necessidade de novos médicos é acentuada. Contudo, segundo especialistas do ministério, uma recente decisão do STF permitiu que a análise fosse feita por município, oferecendo uma janela de oportunidade para os empresários buscarem decisões favoráveis na Justiça.
Atualmente, cerca de 180 processos aguardam decisão, com 70% já sendo avaliados pelo MEC, que planeja concluir essa análise até o final do primeiro trimestre de 2025. Se todos os pedidos forem aprovados, o Brasil poderá ganhar até 60 mil novas vagas em Medicina, o que resultará em um incremento significativo de aproximadamente 100 mil novos profissionais no setor.
A pergunta que fica é: qual será o impacto dessa expansionista estratégia educacional sobre a qualidade da formação médica no Brasil? E isso poderá ser a chave para resolver a escassez de médicos em áreas mais necessitadas? O futuro da medicina no Brasil está prestes a passar por uma transformação!