A fabricante chinesa BYD, com sede em Shenzhen, se destacou no competitivo mercado de veículos elétricos ao ultrapassar a Tesla de Elon Musk. A empresa anunciou um impressionante faturamento de 777 bilhões de yuans (equivalente a US$ 107 bilhões) para o ano encerrado em 31 de dezembro, superando as expectativas do mercado de 766 bilhões de yuans. Em comparação, a Tesla registrou um faturamento de US$ 97,7 bilhões em 2024.

Além disso, o lucro líquido da BYD cresceu 34% em relação ao ano anterior, alcançando 40,3 bilhões de yuans, também acima das previsões de analistas, que projetavam 39,5 bilhões de yuans.

A ascensão da BYD no mercado chinês, considerado o maior do mundo em veículos elétricos, tem sido meteórica. Neste ano, a empresa lançou um inovador ecossistema que possibilita o carregamento de veículos elétricos com autonomia para 400 quilômetros em apenas cinco minutos, além de implementar tecnologias avançadas de assistência ao motorista em modelos mais básicos.

Os investidores estão apostando forte na BYD, que viu suas ações listadas em Hong Kong subirem cerca de 51% até agora neste ano, estabelecendo novos recordes de valorização.

As vendas totais da BYD estão se aproximando das da Ford, com a fabricante chinesa vendendo 1,76 milhão de carros elétricos em 2024, somente um pouco abaixo dos 1,79 milhão da Tesla. Quando as vendas de carros híbridos são incluídas, o número total de automóveis vendidos pela BYD salta para impressionantes 4,27 milhões no ano passado. Para 2025, a empresa projeta vender de 5 a 6 milhões de veículos. O início do ano já demonstra um crescimento robusto, com um aumento de 93% nas vendas em relação ao ano anterior, alcançando 623.300 unidades nos primeiros dois meses.

A Tesla ainda mantém uma liderança em valor de mercado, avaliando-se em cerca de US$ 800 bilhões, apesar de uma queda de 38% em suas ações recentes. A BYD, por sua vez, apresenta uma capitalização de mercado em torno de US$ 157 bilhões. A Tesla também reportou um lucro líquido de US$ 7,6 bilhões no ano passado, valor superior ao da BYD, que parece ter encontrado sua força principalmente no mercado asiático.

No Brasil, a BYD está buscando capitalizar sobre o forte agronegócio nacional, promovendo suas caminhonetes híbridas como uma solução viável para os produtores rurais. Embora a Tesla enfrente desafios na China, com quedas nas entregas nos últimos cinco meses, a BYD continua a garantir uma participação de quase 15% no mercado chinês total de veículos.

Com a imposição de tarifas elevadas nos Estados Unidos, a BYD ainda não conseguiu entrar no mercado americano, mas já fez grandes progressos na Europa, Ásia e Austrália, além de conquistar o crescente mercado brasileiro. O futuro da fabricante parece promissor, especialmente em um cenário de crescente demanda por veículos elétricos e híbridos!