A Coqueluche Está de Volta: Casos Disparam em 2024 e Preocupam Autoridades de Saúde!
2025-01-08
Autor: Maria
Em um alarmante relatório, o Brasil registrou em 2024 o maior número de casos de coqueluche em quase uma década, conforme dados revelados pelo Ministério da Saúde. O aumento assustador foi de impressionantes 2.702% em relação a 2023, com 5.998 casos confirmados, um salto significativo frente aos apenas 214 casos do ano anterior!
Popularmente chamada de tosse comprida, a coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, que se espalha por gotículas expelidas ao tossir, falar ou espirrar. Outra via de transmissão, embora menos comum, é através de objetos contaminados por secreções de indivíduos infectados.
Os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais encabeçaram as listas de aumento percentual de casos entre 2023 e 2024. No Paraná, o número de notificações saltou de 16 para alarmantes 2.423. No total, o país também registrou 27 mortes devido à coqueluche no ano passado, a primeira vez que isso ocorreu desde 2020, quando apenas uma morte foi notificada, com a maioria dos óbitos em bebês com menos de um ano, uma faixa etária extremamente vulnerável.
Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), alerta que a coqueluche é uma doença cíclica e altamente contagiosa. Ele destaca que um dos fatores principais para esse ressurgimento é a perda da imunidade conferida pela vacinação, que diminui com o tempo. Variantes da bactéria também podem estar impactando a eficácia das vacinas.
A vacina disponível através do SUS proporciona proteção por um período de 12 a 20 anos, além de prevenir a colonização da bactéria, impedindo que os vacinados sejam transmissores. Esse programa vacinal segue as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A explosão de casos é ainda mais preocupante quando encadeada ao relaxamento nas interações sociais pós-pandemia de Covid-19 e a diminuição da cobertura vacinal, conforme observam as secretarias de Saúde do Paraná e Santa Catarina. O Ministério da Saúde aponta que o aumento pode também ser resultado do fortalecimento da vigilância e do diagnóstico, com a introdução de testes PCR na rede pública.
Outro dado impactante é que a maioria dos casos ocorre em pessoas brancas, residentes em áreas urbanas e com menos de um ano de idade. Essa informação sugere que pode haver uma relação entre o perfil demográfico e a maior realização de diagnósticos. Além disso, o pediatra e epidemiologista Carlos Frederico Ayres acredita que, na realidade, os números podem ser ainda maiores devido à subnotificação, decorrente de dificuldades no acesso a exames confirmatórios e de possíveis erros diagnósticos.
A mensagem reforçada pelos profissionais da saúde é clara: a vacinação é a principal medida preventiva contra a coqueluche, especialmente em crianças. Apesar de vacinadas, essas crianças ainda podem contrair a doença, mas com sintomas geralmente mais leves, o que evidencia a importância de intensificar as campanhas vacinais no Brasil, visando superar a cobertura de 90%.
A vacina pentavalente é oferecida em três doses para crianças menores de um ano, iniciando aos dois meses. Seguem-se doses da vacina DTP (contra difteria, tétano e coqueluche) aos 15 meses e outra aos quatro anos. O SUS também disponibiliza a vacina para gestantes, profissionais da saúde e parteiras tradicionais, enfatizando que gestantes devem ser vacinadas a partir da 20ª semana de gestação.
Com mais de 6,6 milhões de doses da vacina pentavalente, 3,93 milhões da DTP e 2,4 milhões da dTpa aplicadas até 5 de janeiro, as autoridades de saúde estão em alerta! As secretarias de Saúde de Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo estão tomando medidas proativas para conter a disseminação da coqueluche, incluindo treinamento de profissionais e conscientização sobre a importância da vacinação, especialmente entre gestantes e cuidadores de bebês.
Diante dessas alarmantes estatísticas, a sociedade precisa ficar atenta e engajada, pois a luta contra a coqueluche é coletiva e começa com a vacinação!