A Donzela de Gelo: O Desafio de Susie Wiles na Campanha de Trump
2024-11-11
Autor: Lucas
"Eles não querem que eu diga isso, mas estou com vontade de dizer", frequentemente provocava Donald Trump em seus comícios quando se preparava para desfilar um de seus absurdos favoritos. Aqui, o "eles" se refere a Susie Wiles, uma avó de 67 anos com uma aparência singela que esconde uma determinação feroz. O que pode ser mais necessário a alguém que divide a liderança da campanha presidencial de um candidato notoriamente difícil de controlar?
Essa responsabilidade agora se multiplica. Susie foi a primeira pessoa confirmada por Trump para seu futuro governo, ocupando um cargo equivalente ao de ministra da Casa Civil, uma função fundamental que coordena os assessores diretos do presidente, analisa a viabilidade de projetos e também atua como intermediária com os legisladores.
Se tudo correr bem, seu nome pode não ser reconhecido fora dos círculos políticos. Se algo der errado, a responsabilidade recai sobre ela, a primeira mulher a exercer essa função no governo.
Durante seu primeiro mandato, Trump teve quatro chefes de gabinete — uma rotatividade que gerou críticas e desconfiança. John Kelly, um ex-general dos fuzileiros navais, chegou a afirmar que o cargo foi o pior de sua vida. Recentemente, comportando-se como uma voz de oposição silenciosa, ele declarou que Trump se encaixava na definição de fascista e que havia expressado opiniões que minimizavam as atrocidades de Hitler. Essa experiência tensa e caótica na administração anterior pode servir de lição para Susie.
A missão dela não será fácil. Ela precisará monitorar a legislação relacionada à imigração, especialmente com Tom Homam, escolhido por Trump para liderar as deportações em massa de imigrantes. Com dificuldades significativas em vários níveis, Susie terá que equilibrar as exigências populares com a legalidade dos projetos.
No cenário internacional, Trump continua a trilhar um caminho polêmico. Com sua inexplicável simpatia por Vladimir Putin, ele estava em conversas sobre a situação na Ucrânia, o que levanta questões sobre sua postura em relação à Rússia e suas intenções para o futuro. Elon Musk, notavelmente, participou de uma dessas discussões, e muitos se perguntam qual é o papel dele em questões tão complexas como a geopolítica global.
Além disso, a influência familiar de Trump não desapareceu. Sem Jared Kushner, seu genro, ele agora parece estar ouvindo Massad Boulos, o sogro de sua filha Tiffany, que fornece conselhos sobre como atrair os votos da comunidade árabe-americana. Boulos, renascido na Libéria, traz uma perspectiva única que pode impactar a política americana no Oriente Médio.
Em meio a tudo isso, o clima no Oriente Médio continua tenso. Informações sugerem que Trump deseja que Israel finalize as operações militares em Gaza e no Líbano antes de seu retorno ao poder em janeiro. O cenário é desafiador; enquanto os esforços de paz são complexos, o tempo está correndo e a legitimidade da liderança de Trump será testada desde o início.
Com a pressão crescente, fica evidente que Susie Wiles terá um papel crucial, enfrentando uma série de crises desde o primeiro dia. Conhecida como a "Donzela de Gelo", ela precisa manter a calma em meio ao caos político que a aguarda. O futuro de sua administração e a credibilidade de Trump estão nas balanças enquanto se aproximam os desafios iminentes.