Ciência

A Fascinante Descoberta do Leucismo em um Exclusivo Tubarão: O Que Isso Significa para o Oceano?

2024-11-10

Autor: Matheus

Recentemente, uma descoberta impressionante abalou o mundo da biologia marinha: um tubarão raro com uma coloração branca fantasmagórica foi encontrado próximo à Ilha Sazan, na Albânia. Este é o primeiro registro de leucismo em tubarões-áspetos-angulares (Oxynotus centrina), uma espécie criticamente ameaçada que habita águas profundas do Oceano Atlântico.

Tradicionalmente, os tubarões-áspetos-angulares são conhecidos por sua coloração marrom-acinzentada escura, com manchas escuras que os ajudam a se camuflar em seu ambiente, uma estratégia clássica de mimetismo que os protege de predadores e permite que sejam caçadores eficientes. Contudo, o espécime encontrado apresenta um tom pálido incomum, com manchas quase esbranquiçadas na cauda. "Os olhos mostravam pigmentação retiniana normal", explica Andrej Gajić, diretor do Sharklab ADRIA, ao Live Science.

Essa coloração peculiar é resultado do leucismo, uma condição genética que reduz a pigmentação, mantendo a coloração normal dos olhos, ao contrário do albinismo, no qual os animais não possuem melanina e têm íris vermelhas. Essa descoberta levanta várias questões importantes, tanto para a biologia marinha quanto para a conservação.

Pontos-chave da descoberta:

1. **Condição Genética Rara**: O leucismo permite alguma produção de melanina, mas em quantidade reduzida, o que resulta na falta de pigmentação em outras partes do corpo.

2. **Impacto na Sobrevivência**: Embora a falta de pigmentação possa tornar o tubarão mais visível para predadores e presas, a pesquisa mostra que essa característica não parece afetar significativamente sua capacidade de sobreviver, se alimentar ou se reproduzir.

3. **Raridade em Tubarões**: Casos de distúrbios de pigmentação em tubarões são excepcionalmente raros, com apenas 15 casos documentados em espécies de águas profundas até o momento.

Qual é o impacto dessa descoberta para a biologia marinha?

O estudo, publicado em 16 de outubro no Journal of Fish Biology, não é apenas a primeira descrição de leucismo em tubarões-áspetos-angulares, mas também o primeiro registro de um distúrbio de pigmentação na família Oxynotidae. Pesquisas anteriores sugeriram que a falta de pigmentação pode deixar os tubarões mais expostos a predadores, o que geralmente diminui suas chances de sobrevivência. No entanto, essa descoberta inovadora e outros relatos de tubarões saudáveis com distúrbios de pigmentação indicam que tais anomalias podem não comprometer suas habilidades de captura de presas ou defesa contra predadores.

Curiosamente, a pesquisa destaca que o leucismo é predominante de origem genética, mas também sugere que fatores ambientais, como poluentes e temperaturas elevadas, além da endogamia em populações isoladas, podem influenciar a ocorrência dessas anomalias.

Essa descoberta não só brinda cientistas com novas informações sobre o comportamento e a genética dos tubarões, como também chama a atenção para a importância da conservação de espécies ameaçadas. Com o aumento da poluição e a mudança climática, esforços para proteger os habitats marinhos e as espécies que neles habitam se tornam mais urgentes do que nunca.

Fique ligado!

Essa descoberta pode mudar tudo o que sabemos sobre um dos predadores mais fascinantes do oceano!