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A Morte de Francisco: Um Marco para as Teologias Progressistas?

2025-04-22

Autor: Maria

Impactos da Morte do Papa Francisco

Em meio à ascensão de líderes conservadores e a polarização política global, a morte do papa Francisco levanta questões intrigantes sobre o futuro da Igreja Católica e suas influências ao redor do mundo, especialmente no Brasil.

Um Papado Progressista

Durante seus 12 anos de pontificado, Jorge Mario Bergoglio trouxe à tona uma visão progressista, denunciando o consumismo e promovendo os direitos das mulheres. Ele buscou uma Igreja mais tolerante, respeitosa das diversidades religiosas e inclusiva em relação à comunidade LGBTQIA+.

Relação com a Teologia da Libertação

Embora Francisco não tenha sido um defensor ardoroso da Teologia da Libertação — que nos anos 60 questionava as desigualdades sociais na América Latina —, ele fez questão de reabilitar vozes importantes dessa corrente, que haviam sido silenciadas pelos conservadores dentro da Igreja. Essa teologia, que privilegia a 'opção pelos pobres', representa um resgate de valores que muitos acreditam estar ameaçados atualmente.

Desafios para o Brasil

No Brasil, a influência progressista de Francisco enfrenta um cenário alarmante. A crescente presença de vertentes conservadoras entre católicos e evangélicos tem minado muito do que a Teologia da Libertação construiu ao longo das últimas décadas. Esse movimento foi fundamental não só para a criação de uma Igreja mais inclusiva, mas também para organizar a resistência à ditadura militar e desenvolver movimentos sociais significativos como o MST.

O Crescimento do Conservadorismo

Atualmente, é visível o avanço de líderes religiosos conservadores que defendem a ideia de que riqueza e prosperidade são sinais de bênçãos divinas. Essa visão se opõe à proposta da Teologia da Libertação, que prega a partilha ao invés do acúmulo de bens.

Diversidade na Fé

É crucial lembrar que os conservadores não representam a totalidade dos fiéis. No espectro evangélico, por exemplo, existem muitas vozes que se distanciam de extremistas, mas não se pode ignorar a crescente influência dos pastores e líderes de linha teológica divergente da de Francisco nas mídias sociais e na televisão.

Assim, a morte do papa Francisco não é apenas uma perda religiosa, mas um marco que poderá redefinir o futuro das teologias progressistas e seu papel na sociedade.