A Morte do 'Esquilo Celebridade' que Agitou os EUA: Como o Caso Mobilizou Eleitores de Trump
2024-11-07
Autor: Fernanda
Durante a acirrada campanha presidencial de 2024 nos Estados Unidos, Donald Trump encontrou um apoio inesperado e excêntrico: a morte de Peanut, um esquilo famoso nas redes sociais, se transformou em um símbolo para atrair eleitores republicanos. Com o bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter) e da Tesla, apoiando a causa, a tragédia ganhou proporções inesperadas.
Peanut era um esquilo que conquistou o coração de milhares de internautas, reunindo mais de 800 mil seguidores em suas redes sociais. Mark Longo, seu proprietário de Nova York, cuidou dele desde que sua mãe foi atropelada há sete anos. O casal, Mark e Daniela, frequentemente compartilhava vídeos adoráveis de Peanut e de Fred, um guaxinim resgatado, celebrando a amizade entre os animais e seu dono. Essa relação carinhosa inspirou os Longo a abrir um refúgio para animais abandonados.
Infelizmente, a tragédia ocorreu no dia 3 de setembro, quando Peanut foi sacrificado após ser apreendido por autoridades. O Departamento de Conservação Ambiental de Nova York (NYSDEC) recebeu denúncias anônimas sobre a situação do esquilo, e, sem a permissão necessária para cuidar de animais silvestres, Mark teve que entregar Peanut e Fred a fiscais. Apesar de suas tentativas em argumentar que eram animais de estimação, os dois foram sacrificados depois que Peanut mordeu um dos agentes, supostamente por risco de raiva.
O caso rapidamente atraiu a atenção do público e de várias celebridades. O ator William Shatner, famoso por seu papel como Capitão Kirk na série Star Trek, manifestou sua indignação nas redes sociais, questionando como um animal que foi criado como um pet poderia ser considerado selvagem. A indignação se espalhou, culminando em críticas do próprio Elon Musk, que afirmou que o governo não deveria ter direito de matar um animal de estimação e sugeriu que Peanut pudesse ter sido libertado na floresta em vez de sacrificado.
O vice-presidente eleito, J.D. Vance, também se manifestou sobre o assunto, aproveitando para criticar a política de imigração e a prioridade do governo em relação aos animais de estimação. A campanha de Donald Trump usou o incidente para reforçar sua narrativa de que a burocracia do governo democrata estava prejudicando a liberdade dos cidadãos, incluindo o direito de ter animais de estimação.
De maneira inusitada, a tragédia de Peanut resultou no lançamento de criptomoedas temáticas, como a memecoin Peanut the Squirrel (PNUT), que, em um curto espaço de tempo, conseguiu uma capitalização de mercado de mais de US$ 140 milhões. Essa nova moeda se tornou um símbolo do luto e da revolta de muitos fãs do esquilo, mostrando que a história de Peanut reverberou muito além das redes sociais, unindo pessoas em uma causa comum.
A morte de Peanut não é apenas a perda de um animal de estimação, mas um reflexo de tensões mais profundas na sociedade americana, questões de direitos dos animais e o papel dos governos na vida pessoal dos cidadãos. O desfecho trágico deixou todos se perguntando: será que a luta por Peanut e a indignação pública influenciarão a eleição presidencial?