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A Revolução dos Biocombustíveis: Brasil à Frente da Sustentabilidade Global

2024-10-07

Autor: Lucas

O Brasil está em destaque no cenário mundial dos biocombustíveis, especialmente após os últimos avanços nas discussões do G20. Os ministros dos países membros, reunidos em Foz do Iguaçu, aprovaram uma proposta para padronizar o cálculo das emissões de gases do efeito estufa, o que é um grande passo para fortalecer a imagem do etanol brasileiro, produzido a partir da cana-de-açúcar.

Vale ressaltar que o Brasil, que será o anfitrião da cúpula do G20 em novembro no Rio de Janeiro, tem a responsabilidade de liderar essas discussões e demonstrar que é possível avançar em direção a uma economia mais verde. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, considerou o suporte dos países do G20 como um "presente para o Brasil" e uma oportunidade para reforçar o potencial do setor.

A importância dessa padronização é evidente: ao solidificar os parâmetros para o cálculo das emissões, o Brasil poderá derrubar a argumentação de que os biocombustíveis têm impactos negativos na descarbonização. Críticos frequentemente levantam a questão da competição entre a produção de biocombustíveis e a produção de alimentos, especialmente no que diz respeito à expansão da cana-de-açúcar e ao desmatamento.

A Agência Internacional de Energia (AIE) tem se posicionado a favor da criação de um sistema global que classifique a sustentabilidade dos combustíveis, o que beneficiaria a comercialização internacional dos biocombustíveis brasileiros. O Brasil se destaca, sendo o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, logo atrás dos Estados Unidos. Em 2023, o país atingiu um marco recorde na produção de etanol, superando a impressionante marca de 35,4 bilhões de litros.

Além disso, a diversificação na matriz de combustíveis tem ganhado espaço com a busca por opções limpas, como o óleo de macaúba e o combustível sustentável para aviação. A Acelen, responsável pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, vai investir US$ 3 bilhões na produção de óleo de macaúba, enquanto a Raízen, em parceria com a Shell e a Cosan, maximiza a produção de etanol utilizando a palha de cana.

Outro ponto que merece destaque é o projeto "Combustível do Futuro", que deverá ser sancionado pelo presidente Lula na próxima semana. Este projeto visa aumentar o percentual mínimo de etanol na gasolina, com novas proporções que podem variar entre 22% e 35%. Isso não só elevará a inclusão de biocombustíveis na matriz energética brasileira, mas também dará um impulso significativo à ação climática do país.

No campo da tributação, o governo Lula está implementando o imposto mínimo global que atinge empresas multinacionais, um movimento que visa aumentar a justiça fiscal e evitar a evasão de impostos. A medida irá garantir uma alíquota mínima de 15% sobre os lucros, uma iniciativa que já está em vigor em diversas economias desenvolvidas.

Com isso, espera-se que a arrecadação tributária aumente significativamente, alcançando até 9% a mais em cada ano, o que pode se traduzir em R$ 1,2 trilhão globalmente. O Brasil, com cerca de 957 grandes empresas, entre elas muitas multinacionais, está se preparando para enfrentar essas novas exigências.

Por fim, a BMW anunciou um investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica de Araquari (SC), prevendo a produção de veículos 100% elétricos até 2028. Essa mudança reflete a nova dinâmica do setor automotivo e representa um passo importante na transição energética do Brasil.

Com todas essas mudanças e inovações, o Brasil se posiciona cada vez mais como um líder global na produção de biocombustíveis e na luta contra as mudanças climáticas. O futuro parece promissor, mas o País deve continuar investindo em tecnologias sustentáveis e em políticas públicas eficazes para garantir sua competitividade no mercado internacional.