Enquanto os funcionários da empresa trabalham exaustivas 84 horas por semana, das 9h às 23h, de segunda a sábado e, em algumas ocasiões, até aos domingos, o CEO da startup, Gupta, é uma figura controversa. Ele permanece no escritório apenas das 12h às 17h ou 18h durante a semana e, surpreendentemente, não comparece aos fins de semana, preferindo dedicar esse tempo para se preparar para os próximos dias. No entanto, seu cofundador, Soohoon Choi, tem um comprometimento diferente e está presente no escritório mesmo aos domingos.

Com uma rotina tão intensa, Gupta afirma que dorme em média 6 horas por noite, mas em raras “boas noites” consegue chegar a 8 horas. Sua rotina matinal começa às 7h, quando faz uma caminhada de 15 minutos para acordar e se preparar para o dia, seguida de uma caminhada de 20 minutos até o escritório. Fora do ambiente de trabalho, ele tem momentos de lazer com a namorada e toca piano, o que é pouco para alguém com tamanha carga de responsabilidades.

A startup de Gupta atua no setor de inteligência artificial, desenvolvendo uma ferramenta que visa facilitar o trabalho de outros desenvolvedores. Recentemente, a empresa chamou atenção após fechar uma rodada de financiamento de US$ 4,1 milhões (aproximadamente R$ 24,84 milhões) em junho, liderada pela Initialized Capital. Os salários oferecidos pela startup para engenheiros de software variam de US$ 120 mil a US$ 200 mil anuais (o que equivale a R$ 726,90 mil a R$ 1,2 milhão).

É importante ressaltar que essa abordagem de trabalho pode levantar debates sobre a saúde mental e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Muitos questionam se essa carga horária excessiva é sustentável e se a cultura de trabalho no Vale do Silício ainda é um padrão a ser seguido. Será que o sucesso vale o custo de uma vida pessoal sacrificada?