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A 'Tarifaço' de Trump: Carros Mexicanos Ameaçam o Mercado Brasileiro!

2025-04-22

Autor: Pedro

Uma Nova Jogada da Indústria Automotiva

O México, com suas 37 fábricas de veículos e mais de mil de autopeças, se tornou um verdadeiro gigante da produção automotiva. Com as novas tarifas aplicadas por Trump, a expectativa é que a produção mexicana diminua, obrigando as montadoras a buscar novos mercados – e o Brasil está no radar!

"O Brasil se torna uma opção atraente devido ao nosso acordo de livre comércio e custos de produção mais baixos", destaca Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos). A preocupação é que as multinacionais utilizem suas fábricas mexicanas para suprir a demanda brasileira.

Investimentos em Risco: O Que Isso Significa?

As mudanças no cenário internacional podem ter um impacto devastador nos planos de investimento das montadoras no Brasil. "Se as empresas forem obrigadas a investir mais nos EUA, elas vão cortar de outros lugares, e é bem provável que o Brasil entre nessa lista", alerta Leite.

Estima-se que o mercado americano deve sofrer uma queda de 1 milhão de veículos com o aumento nos preços, que podem variar de US$ 3 mil a US$ 12 mil por unidade. Isso pode não apenas impactar a demanda, mas também atrasar a transição para veículos elétricos, fazendo com que o consumidor americano hesite em investir nessa tecnologia.

E o Brasil? O Que Está em Jogo?

Apesar da não tão expressiva participação brasileira nas exportações para os EUA, o efeito colateral pode ser sentido. O Brasil poderá perder investimentos significativos, que poderiam ser realizados tanto aqui quanto na Argentina, em função da capacidade ociosa que se formará no México.

E o que está em risco? Além de perder competitividade, o Brasil pode testemunhar uma onda de demissões. "Quando a produção sai, junto vem o emprego e a arrecadação. É um ciclo que pode ser fatal para nossa economia", alerta Leite.

Números Que Impressionam!

O México destina 76% de sua produção para os EUA, enquanto o Canadá envia 69% e a Coreia do Sul, 38%. Até mesmo a Alemanha, com uma fatia reduzida, exporta 10% de sua produção para o mercado americano. Todos esses países estão em busca de novas oportunidades de produção, e o Brasil pode ser um dos destinos.

Hora de Agir!

Diante deste cenário alarmante, a Anfavea já está em conversas com o governo e as montadoras para montar uma estratégia que proteja o mercado interno. Uma das soluções poderia ser a implementação de cotas para as importações mexicanas. "É urgente discutir isso, ou correremos o risco de nos tornarmos meros consumidores de carros de fora!", conclui Leite.