Ciência

A Verdade Alarmante: Se Não Mudarmos Nossos Métodos de Produção, Poderemos Enfrentar uma Crise Alimentar em 2050!

2024-10-14

Autor: Mariana

Em uma revelação preocupante, uma renomada cientista da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) alertou que os métodos tradicionais de produção de alimentos não serão suficientes para alimentar a população prevista de 10 bilhões de pessoas em 2050. As declarações foram feitas durante o início do CBCTA (Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos), que acontece em Florianópolis e se estende por quatro dias, abordando o tema crucial: "O futuro dos alimentos: inovação, saúde e sustentabilidade na cadeia produtiva de alimentos".

A professora Silvani Verruck, presidente do comitê organizador, destacou que as mudanças climáticas representam um grande obstáculo para a segurança alimentar. "Se continuarmos a produzir como fazemos atualmente, não conseguiremos alimentar toda a população. A grande preocupação está em encontrar formas sustentáveis de produzir alimentos que não prejudique o planeta," afirmou.

Uma das soluções discutidas no congresso é a produção de carne cultivada, um método inovador que pode ser a chave para resolver a crise alimentar. "Produzir proteínas de fontes alternativas, como a fermentação e a cultura de células, pode utilizar muito menos espaço e ter um impacto ambiental significativamente menor," explica a professora. Essa abordagem não apenas ajuda a combater a escassez de alimentos, mas também promete reduzir a pegada de carbono da indústria alimentar tradicional.

Além disso, Verruck levantou um ponto crítico sobre o desperdício de alimentos, enfatizando que esse é um dos grandes vilões da nossa atual cadeia produtiva. "Ainda temos uma perda significativa, especialmente em alimentos frescos que são muito perecíveis," disse. Uma reflexão que serve como um forte chamado à ação para melhorar a forma como gerenciamos e consumimos nossos recursos alimentares.

O congresso também abordará questões emergentes, como a contaminação de alimentos por microplásticos e substâncias indesejadas, que têm se tornado cada vez mais preocupantes. Verruck defendeu a necessidade de que órgãos regulatórios, como a Anvisa, sejam urgentemente instruídos a estabelecer novos parâmetros para lidar com essas novas ameaças. "As contaminações estão mais frequentes e em níveis mais altos do que nunca. Precisamos de regulamentações mais rigorosas para proteger a saúde pública," alertou.

Com a crescente pressão para garantir a segurança alimentar em um mundo em rápida mudança, ainda há esperança por meio da inovação e da pesquisa. O congresso é uma oportunidade para especialistas e reguladores se unirem em busca de soluções viáveis que atendam às necessidades do futuro. Mas uma questão permanece: estaremos prontos para agir antes que seja tarde demais?