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Academia do Oscar Ignora Apoio Público a Diretor Palestino Sequestrado, A Revolta nas Redes Sociais É Imediata!

2025-03-26

Autor: Pedro

No último mês, Yuval Abraham, um dos diretores do documentário Sem Chão, expressou sua indignação em relação à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA por sua falta de posicionamento em um caso alarmante. Hamdan Ballal, um dos codiretores do filme, foi agredido e sequestrado por colonos e soldados israelenses após um ataque em sua comunidade na Palestina.

Abraham lamentou: "Tristemente, a Academia estadunidense, que nos deu um Oscar apenas três semanas atrás, se recusou a apoiar publicamente Hamdan Ballal enquanto ele era agredido e torturado por soldados e colonos israelenses". Em contrapartida, ele destacou que a Academia Europeia do Cinema (BAFTA) e muitos outros grupos de premiação se manifestaram em apoio ao cineasta palestino.

Houve um movimento entre alguns membros da Academia do Oscar pedindo uma declaração oficial, especialmente por parte dos votantes do setor de documentários. No entanto, essa iniciativa foi bloqueada com a justificativa de que "outros palestinos também haviam sido agredidos no mesmo ataque". Abraham destacou que essa argumentação foi usada como uma desculpa para a inércia da Academia, enfatizando que o ataque a Hamdan estava diretamente relacionado ao filme Sem Chão, pois ele se lembra de soldados fazendo piadas sobre o Oscar durante a tortura.

"Ainda não é tarde demais para mudar essa posição. uma declaração forte condenando o ataque a Hamdan e à comunidade de Masafer Yatta enviaria uma mensagem poderosa aos responsáveis, funcionando como um efeito dissuasivo no futuro", afirmou o cineasta.

A agressão a Ballal ocorreu em um ataque na última segunda-feira, 24 de setembro, quando um grupo de colonos israelenses atacou palestinos na vila de Susya. Quando os palestinos pediram que os colonos se retirassem, foram cercados por dezenas de outros colonos, que os atacaram com paus e pedras, causando danos materiais, incluindo a destruição de tanques de água e veículos. Após o ataque, a ambulância chamada por Ballal foi confiscada, e ele foi levado para uma prisão israelense, segundo relatos de Abraham.

Após ser libertado no dia seguinte, Ballal fez um apelo por justiça e solidariedade, mostrando ao mundo a luta constante dos palestinos por dignidade e direitos humanos. O documentário Sem Chão, além de focar na resistência da comunidade de Masafer Yatta frente à violência e às demolições sistemáticas de suas casas pelo exército israelense, busca dar voz a um povo que continua a ser silenciado nas cenas internacionais.

O tema ressurgente da retórica do silêncio em relação à agitação política e social em áreas de conflito como a Palestina levanta questões sobre a responsabilidade das instituições de prestígio em se posicionar diante de violências e injustiças. A pressão das redes sociais tem sido intensa, clamando por uma mudança na postura da Academia e mais apoio aos artistas que enfrentam riscos por sua expressão criativa.