Acordo Nacional: A Solução Inesperada para Desarmar a Bomba da Dívida do Governo
2024-12-31
Autor: João
Desempenho da Dívida do Governo
No último ano, o governo federal brasileiro desembolsou assustadores 6,7% do PIB em juros da dívida, representando cerca de R$ 787,2 bilhões quando corrigidos pela inflação. Este valor é o mais alto desde 1997, exceto por um breve período durante a Grande Recessão em 2015 e 2016.
Mudanças nas Médias de Juros
A média de juros da dívida entre 1997 e 2014 foi de 4,1% do PIB, saltando para 5,2% entre 2015 e 2019. Essa escalada na conta da dívida pública preocupa economistas e cidadãos, uma vez que a dívida cresce a um ritmo alarmante. As razões para isso são claras: juros altos, uma dívida crescente e déficits primários que não mostram sinais de recuo.
Receitas e Despesas do Governo
Atualmente, a receita do governo está em 17,92% do PIB, enquanto a despesa primária, que inclui gastos essenciais como Previdência, saúde e educação, beira os 19,81% do PIB. Sem juntar a conta de juros, o governo ainda não consegue cobrir sua despesa primária, o que leva a um ciclo vicioso de endividamento.
Rolagem de Dívidas
O que é ainda mais alarmante é que, em vez de reduzir a dívida, o governo opta por rolar as dívidas existentes com novas, perpetuando o problema.
Cenário de Déficit Primário
Recentemente, o déficit primário, que era de 2% do PIB, deverá ser reduzido para cerca de 1% do PIB, mas isso ainda é um cenário insustentável. O que se teme é que a dívida se torne incontrolável, possivelmente após uma fase de grande inflação ou por meio de medidas extremas como o "ajuste Milei" visto na Argentina.
Soluções Propostas
Uma solução viável seria a redução da taxa de juros, mas isso pode acarretar em inflação desenfreada e fuga de capital, ou quem sabe, uma nova iniciativa inovadora que ainda não foi desvendada.
Alternativa Haddad
Uma proposta alternativa, conhecida como "alternativa Haddad", sugere que a elite aceite aumentar a carga tributária enquanto a esquerda concorde em conter as despesas. O equilíbrio dessa proposta é delicado e depende de um extenso debate político, viabilidade econômica e da natureza das despesas governamentais.
Crescimento das Despesas
No final das contas, algumas despesas estão crescendo mais rapidamente do que as receitas e o PIB. Por exemplo, as despesas com previdência passaram de 5,9% do PIB no governo FHC para atuais 8,2% do PIB.
Dívida Bruta do Governo
Além disso, a "dívida bruta do governo geral" (federal, estadual e municipal) subiu de 71,7% do PIB no início da administração do presidente Lula para alarmantes 77,3% atualmente. Durante a Grande Recessão, a dívida disparou para 69,8% do PIB e chegou ao pico de 77,1% em abril de 2019, mesmo em períodos de crescimento econômico.
Necessidade de Medidas Drásticas
A ineficácia do governo em controlar essa dívida poderá obrigá-lo a adotar medidas drásticas e até mesmo implementar um plano de longo prazo que combine aumento de impostos com uma contenção drástica nas despesas. Uma revolução social e fiscal é absolutamente necessária, mas isso requer um acordo nacional sério e comprometido.
Clima de Incerteza
Por enquanto, o país vive um clima de sabotagem e incerteza que precisa ser urgentemente abordado. O que acontecerá nos próximos meses pode mudar a história econômica do Brasil.