Um potencial acordo de paz está surgindo entre Líbano e Israel, gerando esperanças de um cessar-fogo duradouro. As principais propostas incluem: 1. A interrupção imediata dos combates e a retirada das forças do Hezbollah do sul do Líbano, com a possibilidade de implementação ainda nesta semana. 2. A saída das tropas israelenses do território libanês, que poderá aliviar as tensões na região. 3. Negociações para definir a nova fronteira entre os dois países, um passo crucial para garantir a segurança a longo prazo na região.

Essas discussões surgiram após um dos dias mais intensos de combate desde o início da guerra, que resultou em quase 300 foguetes disparados contra Israel, forçando um milhão de israelenses a buscarem abrigos de emergência.

O governo de Benjamin Netanyahu tem enfatizado que as negociações de cessar-fogo devem ser conduzidas exclusivamente pelos Estados Unidos. O governo israelense se opõe à possibilidade da França ter um papel de destaque nas discussões, especialmente após as críticas francesas à ofensiva em Gaza, que geraram descontentamento em Tel Aviv.

Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, reiterou a necessidade de um cessar-fogo imediato, destacando a importância da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU para mediar essa crise. Borrell fez essas declarações após conversas com líderes libaneses, incluindo o primeiro-ministro Najib Mikati e o presidente do Parlamento, Nabih Berri.

No entanto, novos bombardeios israelenses continuam a acontecer. Neste final de semana, mais de doze ataques foram registrados apenas na noite de domingo, e na segunda-feira (25), novos bombardeios atingiram os subúrbios do sul de Beirute, com o Exército de Israel alertando para a evacuação da região. Segundo relatos, a força aérea israelense atacou centros de comando do Hezbollah baseando-se em informações de inteligência.

O Hezbollah anunciou ter realizado cerca de 50 ataques contra alvos israelenses no domingo, com Israel relatando a queda de pelo menos 250 foguetes em seu território. Desde o início do conflito, em outubro, já são pelo menos 3.754 mortos no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde local, enquanto do lado israelense, estima-se que 82 soldados e 47 civis tenham perdido a vida.

Com a possibilidade de um acordo de paz à vista, o mundo aguarda ansiosamente para ver se esse pode ser o fim de um conflito devastador que já causou tanta dor e sofrimento. A situação continua a evoluir, e as próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro dessa região tão tumultuada.