
Adolescente faz descoberta revolucionária sobre eco de luz em buracos negros
2025-03-24
Autor: Matheus
Um adolescente de apenas 17 anos, Julian Shapiro, chocou a comunidade científica ao fazer uma descoberta impressionante sobre buracos negros. Durante suas observações meticulosas do cosmos, ele se deparou com um eco de luz oriundo de um buraco negro colossal, muito maior que a nossa galáxia, a Via Láctea.
Quando um buraco negro no coração de uma galáxia acaba sua atividade, seu "fantasma" permanece, manifestando-se nas nuvens de gás ao redor, brilhando com a radiação restante. Esses fenômenos são chamados pela comunidade científica de "ecos de luz", e a descoberta de Julian foi um verdadeiro marco na astrofísica moderna.
A impressionante revelação foi feita durante a Global Physics Summit de 2025, promovida pela Sociedade Americana de Física (APS), que é considerada a maior conferência de pesquisa em física do mundo, reunindo 14 mil pesquisadores de diversas áreas dentro da física.
Na sua apresentação, Julian detalhou que o eco de luz que encontrou se formou devido à ionização das "regiões externas de gás" provocada por um buraco negro supermassivo. "Foi incrível topar com isso", declarou Julian à revista Live Science.
Inicialmente, o jovem astrônomo estava analisando dados do DECaPS2, um inventário das galáxias do hemisfério sul da Câmera de Energia Escura do Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile. Seu objetivo era localizar restos de supernovas e nebulosas planetárias.
Ao observar um desses objetos, ele percebeu que sua estrutura não se assemelhava aos típicos filamentos de uma supernova, nem apresentava indícios típicos de uma explosão estelar em seu núcleo.
Julian supõe que o que ele encontrou é um eco de luz em uma região repleta de potenciais buracos negros supermassivos. Usando os dados do Telescópio Africano do Sul, ele descobriu concentrações de oxigênio e enxofre ionizados dispersos na área — dois claros sinais de uma possível colisão de materiais.
Esses indícios sugerem que o objeto que Julian estudou é um resíduo luminoso de um buraco negro adormecido, que uma vez exauria energia e chegava a ionizar o gás ao seu redor, permitindo que ele continuasse emitindo luz mesmo após o buraco negro ter "apagado".
Shapiro estima que o eco de luz que descobriu tenha entre 150.000 e 250.000 anos-luz de diâmetro, abrangendo cerca de 1,5 a duas vezes a largura total da Via Láctea. Se esse cálculo estiver correto, Julian acredita que seja um candidato forte para o título de maior eco de luz já identificado na história. "Esse objeto ocupa uma vasta área do céu, facilitando a captura de imagens detalhadas", afirmou.
"Meu envolvimento com essa pesquisa foi uma grande surpresa, mas espero que essa descoberta ajude a expandir nosso entendimento sobre as atividades galácticas que ainda têm muitos mistérios", enfatizou Julian.
Atualmente, Julian é aluno da The Dalton School, em Nova York. Além de sua rotina escolar e do processo de escolha de universidades, ele se destaca como um astrônomo autodidata, participando de conferências internacionais e promovendo um diálogo sobre descobertas que podem mudar a forma como entendemos o universo.