Na manhã desta terça-feira, o advogado Sebastião Coelho, que defende o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, foi detido por desacato no Supremo Tribunal Federal (STF), onde se discute a possibilidade de tornar Bolsonaro e sete de seus aliados réus pela suposta trama golpista. Após alguns minutos, Coelho foi liberado.

O STF informou que a detenção ocorreu em flagrante, quando Coelho, insatisfeito com a proibição de entrar na sala da Primeira Turma, começou a gritar e a insultar o tribunal, chamando o tratamento que ele recebeu de "arbitrário" e "violento". O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, determinou a elaboração de um boletim de ocorrência em razão da ofensa ao tribunal.

De acordo com os rumores, Coelho, que é desembargador aposentado, não tinha autorização para entrar na sala de audiência principal, já que a entrada era restrita apenas a quem estava devidamente credenciado. O advogado não aceitou a alternativa oferecida pelo STF de assistir ao julgamento por meio de um telão em outra sala.

A situação tornou-se tensa quando Coelho foi barrado e membros da imprensa e outros advogados presentes começaram a contestar a decisão dos seguranças do tribunal. Apesar do tumulto, o ministro Alexandre de Moraes continuou seu discurso sem interromper a sessão.

Enquanto isso, deputados aliados de Bolsonaro, que tentavam acessar o julgamento, também enfrentaram dificuldades. Por não terem se credenciado com antecedência, foram impedidos de entrar na Primeira Turma, o que gerou uma grande confusão nas entradas do STF. O líder da oposição na Câmara, deputado Tenente Zucco (PL-RS), expressou indignação e chamou a situação de uma "vergonha".

A tensão no STF é palpável, pois todos os olhares estão voltados para o processo que pode culminar em uma nova fase de crises políticas no Brasil. O julgamento do ex-presidente é apenas o início de uma série de desafios legais que poderão ter viralizadas implicações para o futuro da política nacional. Como o julgamento de Bolsonaro prossegue?

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