
Alckmin comenta sobre negociações tarifárias com os EUA e futuro da indústria brasileira
2025-03-17
Autor: Maria
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, fez uma importante declaração nesta segunda-feira (17/3) sobre as negociações tarifárias entre Brasil e Estados Unidos, focando na sobretaxa aplicada sobre o aço e alumínio.
Alckmin destacou que o Brasil não representa um problema para os EUA, já que o país mantém um superávit comercial com o Brasil, principalmente no setor de serviços. "Dez dos principais produtos exportados pelos EUA para o Brasil têm alíquota zero, são considerados extratários", explicou o vice-presidente, enfatizando a importância da parceria comercial entre as nações.
Essa declaração veio após uma reunião com o presidente Lula e Jorge Nascimento, chefe da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
O setor eletrônico brasileiro vive um momento de transformação. Durante a gestão de Jair Bolsonaro, houve uma redução de 10% no Imposto de Importação de bens de capital. Já no atual governo Lula, foi lançado o Programa Brasil Semicondutores, que visa desenvolver a indústria nacional de chips, essencial para a tecnologia moderna e competitividade global.
A agressiva tarifa de 25% imposta por Donald Trump às importações de aço e alumínio tem afetado significativamente o Brasil, especialmente no setor eletroeletrônico, levando a uma pressão maior para a reavaliação dessas tarifas.
"Nossas conversas com representantes do governo americano, como o secretário responsável e o embaixador Grier, são fundamentais para abrir espaço para negociações", afirmou Alckmin, destacando a criação do Acordo de Comércio e Cooperação Econômica (Atec) como um esforço para mitigar os efeitos das tarifas.
Alckmin ressaltou que o diálogo é a chave para alcançar soluções benéficas para ambos os países e que novas reuniões já estão sendo programadas. "O objetivo é um modelo de crescimento mais colaborativo e equilibrado entre os países", disse ele.
O vice-presidente também comentou sobre o crescimento do setor de eletrodomésticos no Brasil, que teve um aumento de 29% nas vendas no ano passado em comparação com 2023, ressaltando a demanda por ar-condicionados e ventiladores. Este crescimento foi impulsionado por um aumento no emprego e controle da inflação.
Para o futuro, a Eletros anunciou um impressionante investimento de R$ 5 bilhões a ser realizado entre 2025 e 2027 para expandir fábricas e promover inovações em produtos. O otimismo no setor é palpável, com especialistas apontando que essa união entre o diálogo internacional e o investimento na produção local pode resultar em um forte avanço para a economia brasileira.