Alckmin Lidera Indústria em Crítica a Campos Neto pelo Aumento da Selic
2024-12-12
Autor: Pedro
Na noite desta quarta-feira (11), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), presidido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, aprovou uma moção crítica à recente decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que elevou a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, alcançando alarmantes 12,25% ao ano.
Essa medida, que visivelmente agrava o cenário econômico, foi unanimemente desacreditada pelo CNDI, que conta com a participação de representantes de 20 ministérios e 21 entidades da sociedade civil. O órgão enfatizou que o aumento da Selic impõe sérias dificuldades ao crescimento econômico, à geração de empregos e aos investimentos produtivos, um verdadeiro golpe contra a recuperação da economia em meio a um ambiente global de desaceleração e desafios pós-pandemia.
Em suas redes sociais, Alckmin reafirmou a gravidade da moção: "Essa elevação da taxa Selic prejudica o crescimento, o investimento produtivo e, consequentemente, a geração de emprego e renda no Brasil." O impacto da decisão do Copom é sentido por empresários e trabalhadores, que já enfrentam um cenário desafiador.
Os desafios são acentuados pelo cenário externo, especialmente as condições econômicas nos Estados Unidos, que geram incertezas sobre a inflação e a política monetária norte-americana. O Copom, em seu comunicado, sinalizou que observa a atividade econômica nacional e o mercado de trabalho, que ainda apresentam dinamismo marcante, embora a inflação tenha se mantido acima das metas estabelecidas.
Com a elevação da Selic, o Brasil agora ocupa o segundo lugar no ranking mundial de juros reais, com uma taxa real de 9,48%, atrás apenas da Turquia, que lidera com 13,33%. Esse cenário despertou reações fervorosas nas redes sociais, onde o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) classificou a medida como "sabotagem" e um "esculacho" ao povo brasileiro, exaltando a necessidade de uma política que priorize o desenvolvimento em vez de penalizar a população com juros exorbitantes.
A possibilidade de novas altas na Selic também foi mencionada pelo Copom, levando a um clima de apreensão entre economistas e empresários. Sem dúvida, a recente decisão do BC levantou sérias preocupações sobre o futuro da economia brasileira, e as palavras de Alckmin ressoam cada vez mais junto a um setor industrial que começa a se mobilizar contra o que consideram um erro estratégico. O Brasil precisa de um crescimento sustentável, e não de uma escalada de juros que só traz mais incertezas para o seu futuro.