
Alemanha Resiste às Tarifas de Trump: 'Não Cederemos' com Apoio Internacional
2025-03-29
Autor: Pedro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a implementação de tarifas sobre veículos importados, que deverão entrar em vigor no dia 2 de abril. Essas tarifas serão de 25% para todos os carros que não forem fabricados nos EUA, afetando diretamente países como a Alemanha, que já se manifestou contra essa medida.
Outras grandes potências econômicas, incluindo França, Canadá e China, também se comprometeram a retaliar. A França classificou a decisão como "muito ruim", enquanto Canadá e China afirmaram que isso vai contra as regras do comércio internacional e que representa um "ataque direto" às suas economias.
As ações de montadoras como Porsche, Mercedes e BMW caíram drasticamente na bolsa de Frankfurt, refletindo o impacto negativo que essa medida pode ter sobre as empresas europeias. Trump ainda ameaçou impor tarifas ainda mais elevadas se a Europa se unisse ao Canadá para causar o que ele considera um "dano econômico" aos EUA.
Contrariando as alegações de Trump, que defende as tarifas como uma maneira de proteger a indústria automobilística americana, especialistas apontam que essas medidas podem elevar os custos dos veículos importados e, consequentemente, impactar os consumidores e empresas que dependem de peças estrangeiras. Estima-se que as tarifas sobre peças do Canadá e do México podem增加ar os custos entre US$ 4 mil e US$ 10 mil, dependendo do veículo, de acordo com o Anderson Economic Group.
O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, enfatizou a necessidade de uma resposta firme da União Europeia, mencionando que "não cederemos aos EUA" e que é crucial demonstrar força e autoconfiança neste momento. Essa postura é apoiada pela França, cujo ministro das Finanças, Eric Lombard, declarou que a única solução viável seria retaliar com tarifas sobre produtos dos EUA.
O impacto já pode ser sentido: a Hyundai, por exemplo, anunciou que investirá US$ 21 bilhões nos EUA, o que indica uma tentativa de mitigar os efeitos das tarifas. Em contrapartida, a Bosch, uma gigante do setor automotivo com sede na Alemanha, reafirmou sua confiança no mercado norte-americano e continua a planejar a expansão de seus negócios.
Vários países, incluindo Japão e Coreia do Sul, expressaram preocupação com a deterioração das relações econômicas com os EUA, citando que as tarifas podem provocar um "impacto significativo" e uma escalada nas tensões comerciais. China, por sua vez, criticou a ação de Trump, afirmando que "não há vencedores em uma guerra comercial".
Enquanto isso, as negociações comerciais continuam, e o cenário permanece tenso à medida que os países tentam encontrar formas de média e proteger suas economias. As empresas e consumidores devem estar preparados para o que pode ser um longo período de incertezas no comércio internacional.