Alerta Máximo: SP Registra o Maior Número de Mortes no Trânsito em 9 Anos!
2024-12-29
Autor: Pedro
São Paulo enfrenta uma grave crise de segurança no trânsito, com um aumento alarmante no número de mortes. Somente em junho deste ano, a cidade registrou 111 mortes, um aumento chocante de 76% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Esta crescente curva de fatalidades começou a se intensificar em 2021 e não dá sinais de desaceleração.
A gestão de Ricardo Nunes (MDB) foi questionada sobre os dados preocupantes e alegou que está implementando várias medidas para aumentar a segurança dos usuários das vias urbanas. Desde 2021, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) investiu mais de R$ 185 milhões em iniciativas de educação no trânsito. Contudo, a eficácia dessas medidas tem sido colocada em dúvida à medida que a situação piora.
Os motociclistas são as vítimas mais afetadas, representando 41% do total de mortes na capital, num índice que supera a média estadual de 38%. Os números são igualmente preocupantes para pedestres, que somaram 348 vítimas, enquanto ocupantes de automóveis e ciclistas representaram 8% e 4%, respectivamente. Com isso, São Paulo mantém a impactante taxa de 8,16 mortes para cada 100 mil habitantes.
No entanto, a administração de Nunes havia estipulado uma meta de reduzir a taxa para 4,5 mortes por 100 mil habitantes até o final de 2024, mas recuou, trocando essa meta específica por um compromisso vago de implementar 18 medidas relacionadas à segurança no trânsito.
Uma das iniciativas apresentadas foi a criação da Faixa Azul, que já ocupa 212 quilômetros da malha viária, superando a meta inicial de 200 km, com um investimento de R$ 15,6 milhões. Mas essas ações são insuficientes, já que outras promessas, como a implementação de nove projetos para o redesenho urbano focados na segurança dos pedestres e a construção de 300 km de ciclovias, não foram cumpridas até o momento.
Rafael Calabria, especialista em mobilidade urbana, critica a gestão atual, afirmando que as medidas de segurança no trânsito praticamente pararam e várias obras que poderiam amenizar a situação, como a ampliação de calçadas e a instalação de travessias elevadas, continuam paradas.
Infelizmente, os dados do Infosiga mostram uma realidade alarmante, com a faixa etária de 20 a 24 anos sendo a mais afetada por mortes no trânsito. Além disso, os acidentes se concentram em vias municipais e ocorrem, em grande parte, durante os finais de semana. A situação pede urgência em soluções efetivas e a sociedade clama por ações que salvem vidas nas ruas da capital paulista.