Saúde

Alerta Máximo: Surto de Febre do Oropouche ultrapassa 900 casos no Espírito Santo!

2024-11-14

Autor: Mariana

O Espírito Santo vive um momento preocupante com a febre do Oropouche. Até o momento, foram registrados 928 casos desde o início de 2023, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

As cidades de Iconha e Alfredo Chaves, localizadas no Sul do estado, estão no epicentro deste surto alarmante, com um aumento impressionante no número de casos. Em apenas uma semana, Iconha viu seus casos confirmados saltarem de 96 para 194, enquanto Alfredo Chaves reportou 75 novos casos, perfazendo um total de 166.

Um caso notável é o de Adriano Machado, um assistente de gestão do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), que testou positivo para a doença. Ele descreveu uma experiência assustadora em que desmaiou no trabalho devido aos sintomas severos, relatando dores intensas que o levaram a acreditar que estava lidando com algo até mais difícil que a covid-19.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Alfredo Chaves, Eveli Sinhorelli, alertou para problemas no sistema de reportes que resultaram em subnotificação. Ela revelou que, na realidade, há 320 casos confirmados desde outubro, uma informação que foi apenas agora divulgada.

A médica clínica geral, Márcia Dantas, enfatiza que os sintomas da febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue, o que pode levar a diagnósticos imprecisos. "Os sintomas incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, diarreia e náusea, aparecendo geralmente uma semana após a infecção. A diferenciação é crucial e deve levar em consideração o histórico de viagens e a possibilidade de exposição em áreas afetadas", explicou.

De acordo com a Sesa, todos os casos devem ser notificados para as autoridades de saúde, a fim de implementar estratégias de controle da doença e do vetor transmissor.

Mas você sabe o que é a febre do Oropouche? Essa doença viral, causada pelo arbovírus Oropouche, é transmitida principalmente pela picada de mosquitos, especialmente do grupo Culicoides paraensis, popularmente conhecidos como maruim ou mosquito-pólvora. Em áreas urbanas, o pernilongo (Culex quinquefasciatus) também pode atuar como vetor.

Os sintomas não são brincadeira: febres repentinas, dores intensas, vômitos e até sensibilidade à luz. E a situação é mais grave do que parece, já que não existe tratamento específico. O foco é no alívio dos sintomas, com repouso e hidratação, e em casos severos, pode haver a necessidade de internação.

Para se proteger, a recomendação é clara: use repelentes, evite áreas infestadas e mantenha a limpeza dos locais, eliminando possíveis criadouros de mosquitos. Esteja alerta e cuide da sua saúde! O surto de febre do Oropouche é real e precisamos de todos os esforços para controlá-lo.