Saúde

Alerta nas Cozinhas! Ômega-6 em Óleos Comuns do Brasil Está Associado a Câncer de Mama Agressivo

2025-04-20

Autor: Fernanda

Um Estudo Revelador Sobre o Ácido Linoleico

Um estudo chocante conduzido por pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, revelou uma alarmante conexão entre um tipo de gordura, o ácido linoleico, presente em vários óleos vegetais comuns no Brasil, como o óleo de soja, e o crescimento de um câncer agressivo de mama. A pesquisa foi publicada na renomada revista Science e acende um sinal de alerta sobre nossos hábitos alimentares quotidianos.

Como o Ácido Linoleico Está Conectado ao Câncer?

Esse ácido graxo do tipo ômega-6, encontrado não apenas em óleos de semente, mas também em carnes e ovos, favorece o crescimento do subtipo triplo negativo do câncer de mama, o qual é notoriamente mais difícil de tratar. Os cientistas descobriram que o ácido linoleico ativa uma via essencial para o crescimento celular denominada mTORC1, especificamente em células desse tipo de câncer.

A Chave do Crescimento Tumoral: A Proteína FABP5

No centro dessa questão está a interação do ácido linoleico com uma proteína chamada FABP5, que é abundante nas células do câncer triplo negativo. Em experimentos, camundongos alimentados com uma dieta rica em ácido linoleico apresentaram não apenas um aumento nos níveis de FABP5, mas também um crescimento acelerado dos tumores.

Descobertas que Mudam a Perspectiva Sobre Dieta e Câncer

Análises de amostras de sangue e tecido de pacientes recém-diagnosticadas confirmaram a presença elevada de ácido linoleico e da proteína FABP5, o que lança luz sobre a ligação entre a gordura da dieta e o desenvolvimento de tipos específicos de câncer. Dr. John Blenis, autor sênior do estudo, afirma que essas descobertas podem revolucionar as recomendações nutricionais personalizadas para pacientes em risco.

Implicações que Vão Além do Câncer de Mama

Embora o foco tenha sido o câncer de mama, os pesquisadores sugerem que a via FABP5-mTORC1 pode também estar ligada ao câncer de próstata, além de potencialmente afetar outras condições crônicas, como obesidade e diabetes. A inter-relação entre dieta e saúde está se revelando mais complexa do que jamais imaginamos.

Esse estudo estabelece, pela primeira vez, um mecanismo biológico claro que associa o consumo de ácido linoleico ao desenvolvimento de câncer, oferecendo novas perspectivas para intervenções terapêuticas e alimentares. A proteína FABP5 desponta como um biomarcador promissor para futuras pesquisas e tratamentos.