Alerta Nubank: Fim à vista para os bancos digitais?
2025-04-23
Autor: Fernanda
Nubank em risco de extinção?
O famoso Nubank, junto com outras fintechs que revolucionaram o setor bancário nos últimos anos, pode estar prestes a enfrentar grandes mudanças, e não para melhor. O Banco Central do Brasil lançou uma consulta pública que visa restringir o uso de termos como "bank" e "banco" apenas para instituições que tenham licença oficial para operar como bancos.
Novas regras em perspectiva
Desde a introdução de regulamentações específicas em 2013 para instituições de pagamento e em 2018 para sociedades de crédito direto, o Brasil viu um crescimento exponencial de fintechs. No entanto, esse crescimento está desacelerando: em 2024, o aumento das instituições de pagamento foi de apenas 50%, uma queda significativa em comparação aos anos anteriores.
Essa nova proposta do Banco Central busca proteger os consumidores, evitando confusões entre bancos tradicionais – que operam sob rigorosas normas – e as fintechs, que têm um escopo mais limitado de serviços.
Mudanças drásticas à vista
Caso a proposta seja aprovada, fintechs como o Nubank terão que reavaliar sua marca e podem ser forçadas a mudar de nome ou solicitar uma licença bancária completa. Isso exigirá um cumprimento muito mais rigoroso de normas, como capital mínimo e maior fiscalização.
Impactos que preocupam o setor
Esse movimento gerou apreensão no setor. Associações de fintechs, como a ABFintechs e a ABBaaS, alertam que essas mudanças podem sufocar a inovação e criar barreiras para novos entrantes. Por outro lado, especialistas em direito bancário defendem que a norma tem fundamentos técnicos válidos, alinhando-se a uma tendência global de maior clareza e segurança no sistema financeiro.
Rebranding custoso ou adaptação?
Além da mudança de nome, as companhias precisarão rever contratos, aplicativos, websites e toda a comunicação com seus usuários. O processo de rebranding pode ser extremamente custoso, tanto financeiramente quanto em termos de reconhecimento e fidelidade dos clientes.
Consulta pública até 2025
A consulta pública do Banco Central estará aberta até 31 de maio de 2025, permitindo que instituições do setor, especialistas e a sociedade contribuam com comentários e sugestões. Se a norma for aprovada, haverá um período de transição de seis a doze meses para que as empresas se adequem.
A Zetta, associação que representa o Nubank, comunicou que pretende participar das discussões e exigiu um tempo de adaptação razoável. A Febraban, que representa os bancos tradicionais, ainda não se manifestou sobre o assunto.
Um novo cenário para as fintechs
À medida que o mercado evolui, o Banco Central busca consolidar regras mais claras. Para as fintechs, o desafio é agora se adaptar a esse novo regime regulatório ou repensar seus caminhos, especialmente no que diz respeito ao nome e à abordagem no mercado.