Mensagens alarmantes sobre um suposto plano de atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, recentes surgiram na deep web. A informação foi revelada inicialmente pela CNN Brasil e logo confirmada pelo Correio.

As mensagens, que foram recebidas no dia 3 de janeiro por meio de uma denúncia anônima, chegaram primeiro à Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) antes de serem repassadas à Polícia Federal. O plano em questão envolve métodos brutais, incluindo o uso de granadas, explosivos pesados e um fuzil Barrett .50, conhecido por sua precisão mortal e desenvolvido especificamente para potências militares como os Estados Unidos.

Investigadores que foram consultados pela reportagem ressaltaram a seriedade da situação, declarando que nenhuma denúncia é descartada neste momento. Por isso, a investigação está sendo tratada como real, com o foco das autoridades na verificação da autenticidade das informações, que indicam que o atentado pode ocorrer ainda neste mês. O fórum onde tais mensagens circulam é amplamente usado por extremistas, evidenciando a gravidade do risco.

A deep web, reconhecida como uma parte obscura da internet, abriga uma variedade de crimes, incluindo pedofilia, tráfico de drogas e armas, tornando-se um local de preocupação crescente para as forças de segurança.

Em um contexto mais amplo, Lula e Moraes têm sido alvos frequentes de ameaças. Em novembro do ano passado, a Polícia Federal desvendou um plano de golpe que visava a morte do presidente Lula, arquitetado por um grupo criminoso composto por militares e um policial, nomeado de Punhal Verde Amarelo. As vítimas planejadas do ataque incluíam não apenas Lula, mas também o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.

Recentemente, no final do ano passado, a PCDF prendeu Lucas Ribeiro Freitas, um corretor de imóveis de 30 anos, de Fortaleza (CE). Ele foi detido enquanto tentava realizar um atentado em Brasília, transportando materiais explosivos em um caminhão que estava em direção à capital federal, vindo da Bahia. A operação para capturá-lo foi intensamente apoiada pela Divisão de Operações Aéreas e demonstrou a eficácia do trabalho em equipe das autoridades. Atualmente, Lucas continua detido em Brasília, e as investigações sobre potenciais ameaças continuam a ser prioridade máxima.