Aumentam as preocupações com a gripe aviária após a confirmação da primeira morte humana relacionada ao vírus H5N1 nos Estados Unidos. O triste episódio ocorreu na Louisiana na última segunda-feira (6), envolvendo uma pessoa com mais de 65 anos que já apresentava condições de saúde pré-existentes.

Identificado pela primeira vez em 1996, o H5N1 voltou a ser pauta mundial devido ao aumento de surtos em aves e a infecção crescente em mamíferos desde 2020. O paciente contraiu o vírus por meio do contato com aves selvagens e de criação. Análises indicaram que a cepa do H5N1 detectada nesse caso possui características diferentes daquelas encontradas em rebanhos e granjas nos EUA.

Os perigos ocultos das mutações do H5N1

Pesquisadores estão especialmente atentos às mutações no gene da hemaglutinina (HA), cujas alterações podem afetar a capacidade do vírus de se ligar às células humanas. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA relatou observar mudanças de baixa frequência nesse gene nas amostras do paciente da Louisiana. Embora essas mutações sejam raras em humanos, já foram identificadas em registros anteriores, inclusive no Canadá.

Especialistas manifestam receios de que a circulação intensa do vírus entre mamíferos possa acelerar novas mutações que, se favorecidas, poderiam permitir a transmissão facilitada entre humanos. Até agora, não há registros de transmissão direta do vírus entre pessoas.

Brasil em alerta: Preparações para combater a gripe aviária

Diante deste crescente fenômeno global, o Brasil está se preparando com o Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para Influenza Aviária. Este plano delineia funções e protocolos a serem seguidos por diversas esferas governamentais e estabelece estratégias para possíveis emergências. O Ministério da Saúde do Brasil reforçou a importância de monitorar continuamente as evidências científicas e a eficácia das vacinas disponíveis para combater a doença.

O cenário global da gripe aviária e suas repercussões

A gripe aviária continua a ser uma grande preocupação internacional, com novos surtos registrados em diversos países. Na Europa, nações como França e Portugal lidam com casos em fazendas e áreas rurais, destacando a natureza altamente contagiosa do vírus entre aves. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, milhões de aves foram abatidas desde 2021, o que acarreta sérias consequências econômicas e ecológicas.

É vital que a população esteja informada e atenta às orientações das autoridades de saúde para combater o avanço dessa doença. Fique atento e não deixe de se proteger!