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Aluguel dispara 32,4% acima da inflação em três anos, revela FipeZap

2025-01-14

Autor: João

Os preços dos aluguéis estão subindo de forma alarmante, superando os índices de inflação. Segundo o relatório mais recente da FipeZap, a alta real dos aluguéis residenciais em 2022 foi de 8,27%, com o acumulado dos últimos três anos atingindo impressionantes 32,44% acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

As razões para essa valorização são variadas. Paula Reis, economista do DataZAP, destaca que 2022 foi um ano de recuperação, após a suspensão de reajustes durante a pandemia, impulsionando os preços para cima. Nos dois anos seguintes, ela aponta que a valorização é influenciada pela atual situação macroeconômica, onde a recuperação do emprego e outros fatores financeiros estão em jogo.

Para 2024, as perspectivas ainda são positivas, com o emprego alcançando seu auge e contribuindo para um setor de locação aquecido. O valor médio do aluguel atingiu R$ 48,12 por metro quadrado, com uma discrepância significativa entre os tipos de imóveis: aluguéis de um dormitório chegaram a R$ 63,15/m², enquanto locações de três dormitórios foram avaliadas em R$ 41,50/m².

O cenário financeiro não é promissor para os locatários, já que a tendência de aumento continua para 2025. Reis menciona que, apesar da desaceleração observada ao longo de 2024, uma nova elevação acima da inflação parece iminente. Fatores como o aumento da Selic e a retração do mercado de vendas afetam diretamente a pressão sobre os preços dos aluguéis.

Infelizmente, para os investidores em imóveis, o retorno médio do aluguel residencial está em 6,01%, inferior ao oferecido por opções financeiras mais atraentes, que se beneficiaram de um cenário de inflação crescente e aumento da taxa Selic.

Em termos regionais, Barueri (SP) se destaca como a cidade com o aluguel mais caro do Brasil, com uma alta de 10,75% no valor médio, alcançando R$ 65,41/m². Na capital paulista, o aluguel médio é de R$ 57,59, enquanto outras cidades como Florianópolis (R$ 54,97) e Recife (R$ 54,95) também estão entre as mais caras.

Por outro lado, Pelotas (RS) se destaca como o município mais acessível, com um metro quadrado médio de R$ 18,61. Seguindo essa linha, Teresina (PI), Aracaju (SE), São José do Rio Preto (SP) e Ribeirão Preto (SP) também oferecem aluguéis abaixo da média nacional, com preços confortáveis para aqueles que buscam alternativas de moradia mais em conta.

A crescente disparidade nos preços dos aluguéis pode pressionar os locatários a adaptarem suas estratégias de moradia. Acompanhe as tendências deste mercado em constante mudança e se prepare para o que está por vir!