Na manhã desta segunda-feira, a Grande São Paulo ainda enfrenta uma crise de energia elétrica, com 537 mil imóveis sem luz, segundo a Enel. Desses, aproximadamente 354 mil estão na capital paulista, enquanto o restante se distribui por cidades como Taboão da Serra, Cotia e São Bernardo do Campo.

Os bairros mais afetados na capital incluem Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Os dados preocupantes indicam que, até às 05h40 desta segunda-feira (14), a empresa conseguiu normalizar o serviço para 1,5 milhão de clientes, mas ainda restam 537 mil sem energia.

De acordo com a Enel, equipes de manutenção receberam reforço do Rio de Janeiro e do Ceará para lidar com a situação. A empresa afirmou que, após um vendaval que atingiu a velocidade de 107 km/h na última sexta-feira, os esforços para restabelecer o fornecimento estão em andamento.

Entretanto, a situação é crítica, com a falta de luz afetando não apenas residências, mas também hospitais e estabelecimentos comerciais. Para piorar, a Agênciade Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criticou a Enel por não ter cumprido seu plano de contingência, o que resultou em uma resposta aquém das expectativas da população.

Guilherme Lencastre, presidente da Enel Distribuição São Paulo, admitiu que não há previsão para a recuperação total do fornecimento e destacou que a empresa já disponibilizou 500 geradores para atender hospitais. Além disso, a companhia está utilizando dois helicópteros para inspecionar as linhas de transmissão e identificar problemas mais rapidamente.

Relatos de cidadãos revelam dificuldades em entrar em contato com a Enel para reportar interrupções e saber sobre a previsão de restabelecimento. A central da empresa recebeu mais de 1 milhão de chamadas desde a noite anterior, e a Enel aumentou sua capacidade de atendimento.

As comunicações recomendadas incluem o envio de SMS para o número 27373 com a palavra 'luz' e o número de instalação, além do uso do aplicativo da Enel e suas plataformas digitais.

As consequências da falta de energia vão além do inconveniente cotidiano. A distribuição de água em várias cidades da Grande São Paulo está comprometida, uma vez que a interrupção no fornecimento de energia afeta o funcionamento de estações elevatórias e equipamentos essenciais para o transporte de água.

Tragicamente, o temporal resultou em várias mortes: três em Bauru após o colapso de um muro, uma em São Paulo por queda de árvore no Campo Limpo, e outras fatalidades em Cotia e Diadema. A situação é alarmante, e os moradores da Grande São Paulo estão ansiosos por uma solução rápida, enquanto a cidade luta para se recuperar de mais um desastroso episódio de tempestade.