
Árbitro da Final do Catarinense Denuncia Ameaças de Morte em Atmosfera de Tensão
2025-03-23
Autor: Matheus
Na controversa final do Campeonato Catarinense entre Avaí e Chapecoense, o árbitro Gustavo Ervino Bauermann trouxe à tona declarações alarmantes em sua súmula, revelando tensões extremas e comportamentos inaceitáveis. Além de detalhar expulsões polêmicas, o árbitro alegou que foi ameaçado de morte por um dirigente da Chapecoense, gerando uma onda de indignação.
A situação se desenrolou após o término da partida, onde, segundo Bauermann, diretores da Chapecoense invadiram o campo enquanto a equipe de arbitragem era escoltada pela polícia. Entre os gritos de um dos envolvidos estava o executivo de futebol Maringá, que exclamou: "Vocês vão morrer, bando de corrupto, ladrões!".
Além disso, o técnico da Chapecoense, Gilmar Dal Pozzo, foi nomeado por Bauermann por sua conduta agressiva. O treinador não apenas tentou atacar o árbitro, como também agrediu o quarto árbitro, William Steffen, e o lateral Mário Sérgio, do Avaí, com tapas contundentes.
"Depois de várias tentativas de registrar um boletim de ocorrência no estádio sem sucesso, será formalizado um boletim de ocorrência pela agressão ao quarto árbitro", afirmou Bauermann.
O jogo foi marcado por uma quantidade sem precedentes de cartões: um total de 21, sendo 14 amarelos e 7 vermelhos distribuídos a jogadores e membros da comissão técnica. O clima tenso culminou em expulsões notórias, incluindo a do meia Giovanni Augusto, da Chapecoense, que foi direto ao se envolver em uma discussão acalorada com a arbitragem, acabando por agredir o árbitro.
Jiménez, outro jogador da Chapecoense, também foi expulso por desrespeitar as decisões da arbitragem enquanto estava no banco e, supostamente, agrediu torcedores após a partida. O comportamento agressivo não parou por aí: Dentinho, que estava no banco, foi punido por fazer gestos obscenos direcionados aos árbitros.
Entre as provocações, Judson, do Avaí, também gerou polêmica ao insultar o banco da Chapecoense após o gol de sua equipe, algo que não ajudou a conter os ânimos já exaltados.
Os eventos da final levantam questões sérias sobre o comportamento no esporte e a influência que a pressão pode exercer sobre jogadores e técnicos. As consequências dessas ações ainda precisam ser discutidas e, esperadamente, resultem em mudanças na forma como os jogos e suas respectivas dinâmicas são conduzidos. Espera-se que as próximas semanas tragam mais desdobramentos sobre este incidente preocupante.