Tecnologia

Asteroide que extinguiu dinossauros tinha um 'par' que provocou tsunami de 800 metros!

2024-10-04

Autor: Carolina

Uma descoberta chocante na pesquisa planetária revelou que um asteroide menor acompanhou o devastador asteroide que causou a extinção dos dinossauros, colidindo com o fundo do mar na costa da África Ocidental, resultando em uma cratera significativa.

Cientistas, liderados por Uisdean Nicholson da Universidade Heriot-Watt, agora acreditam que esse evento monumental pode ter gerado um tsunami colossal, alcançando até 800 metros de altura, atravessando o Atlântico e potencialmente devastando habitats costeiros.

Em 2022, Nicholson encontrou a cratera Nadir, mas havia incertezas sobre sua origem. Estudos recentes confirmaram que esta depressão, com 9 quilômetros de diâmetro, foi realmente formada pela colisão de um asteroide que atingiu o fundo do mar. A data exata do impacto ainda não é conhecida, mas acredita-se que ocorreu no final do período Cretáceo, junto com o asteroide que criou a famosa cratera Chicxulub no México, onde os dinossauros enfrentaram sua extinção.

Este fenômeno cósmico não é uma ocorrência comum; a simultaneidade de dois asteroides colidindo com a Terra em tão pouco tempo é rara. O asteroide que criou a cratera Nadir tinha cerca de 500 metros de largura e atingiu a Terra a uma velocidade impressionante de 72 mil km/h.

Para comparação, o evento de Tunguska em 1908, em que um asteroide de 50 metros explodiu na Sibéria, foi o impacto de maior escala que temos na história humana até agora. A cratera Nadir, por outro lado, possui um tamanho e um poder de destruição que ainda são inigualáveis.

Os cientistas ressaltam que entender esses eventos antigos pode ajudar a preparar a Terra para futuras ameaças. O asteroide Bennu, que atualmente é monitorado pela NASA, é uma preocupação real, com uma chance de 1 em 2.700 de colidir com nosso planeta em setembro de 2182.

A cratera Nadir, ainda em excelente estado de preservação, é uma mina de informações para os pesquisadores. Utilizando dados 3D de alta resolução da geofísica TGS, a equipe de Nicholson pôde examinar os níveis rochosos de maneira única. "Esta é a primeira vez que conseguimos ver o interior de uma cratera de impacto como esta. É realmente emocionante", afirma Nicholson.

Com apenas 20 crateras marinhas no mundo, a cratera Nadir proporciona uma oportunidade inestimável para que os cientistas entendam como tais eventos moldaram o nosso planeta e o que pode estar por vir no futuro.