Astrônomos capturam imagem inédita de estrela fora da Via Láctea!
2024-11-21
Autor: Carolina
Pela primeira vez na história da astronomia, cientistas conseguiram capturar uma imagem detalhada de uma estrela localizada fora da Via Láctea. Esta descoberta incrível foi publicada na revista Astronomy & Astrophysics nesta quinta-feira (21) e revela a fascinante supergigante vermelha WOH G64, situada a impressionantes 160 mil anos-luz da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães.
O coautor do estudo, Jacco van Loon, do Observatório Keele da Universidade Keele, no Reino Unido, comentou à CNN: "A mancha alongada que aparece na imagem é uma densa nuvem de poeira, o que dificulta a visualização da estrela em si, mas é provável que ela esteja mais quente do que imaginamos agora".
Com um volume aproximadamente 2 mil vezes maior que o do Sol, a WOH G64 é conhecida como "estrela colossal". O que torna esta imagem ainda mais emocionante é a revelação de um casulo de gás e poeira ao redor da estrela, que indica que ela está nos estágios finais de sua existência. É um verdadeiro espetáculo da natureza!
As supergigantes vermelhas são estrelas massivas que estão em estágios avançados de seu ciclo de vida, quando o combustível em seus núcleos começa a se esgotar. Isso provoca uma expansão que transforma essas estrelas em gigantes frias, emitindo luz predominantemente no espectro vermelho. No final de sua jornada, elas explodem em uma supernova, um dos eventos mais dramáticos do universo, que pode resultar na formação de buracos negros ou estrelas de nêutrons.
"Finalmente, conseguimos capturar uma imagem que mostra uma estrela em processo de morrer em uma galáxia além da nossa", afirmou Keiichi Ohnaka, líder da equipe e astrofísico da Universidade Andrés Bello. Ele acrescentou: "Estamos empolgados, pois isso pode estar ligado a uma drástica ejeção de material da estrela prestes a explodir em uma supernova".
O estudo também destacou que a estrela tem apresentado um brilho em declínio na última década, um sinal claro da perda de suas camadas externas de gás e poeira. Essa observação apresenta uma oportunidade rara para testemunhar a evolução de uma estrela em tempo real.
Além disso, os pesquisadores sugerem que o formato peculiar do casulo pode ter relação com a influência gravitacional de uma estrela companheira ainda não observada. Com o tempo, à medida que a estrela diminui seu brilho, pode se tornar cada vez mais difícil de ser detectada.
As avançadas observações foram realizadas utilizando o GRAVITY, um instrumento de segunda geração do Very Large Telescope Interferometer (VLTI), que combina a luz de quatro telescópios para criar imagens com maior sensibilidade. E para os entusiastas da astronomia, a futura atualização do instrumento, chamada GRAVITY+, é promissora e deve revelar ainda mais segredos sobre estrelas em estágios avançados de evolução.
Prepare-se! O espaço continua a nos surpreender, e essa descoberta pode ser apenas a ponta do iceberg. As estrelas estão nos contando suas histórias, e nós temos muito mais a aprender!