Um horrível ataque de drones russo em Kiev, capital da Ucrânia, resultou na morte de pelo menos três pessoas, incluindo uma criança de apenas 5 anos, segundo as autoridades ucranianas neste domingo (23). A ofensiva provocou grandes incêndios em prédios altos e danos generalizados em toda a cidade.

O prefeito Vitali Klitschko descreveu o incidente como um "ataque maciço de drones inimigos em Kiev" e informou que serviços de emergência foram acionados para responder a incêndios e destruição em diversos distritos da capital.

De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, a Rússia lançou 147 drones durante a noite, mirando várias regiões do país. As tropas de defesa aérea conseguiram destruir 97 desses drones, mas 25 deles atingiram alvos.

O serviço de emergência estatal da Ucrânia revelou que os corpos da criança e de um homem foram encontrados entre os escombros no bairro de Holosiivskyi, enquanto uma mulher perdeu a vida devido ao incêndio gerado por detritos de um drone em um edifício residencial no bairro de Dniprovskyi.

O Ministério do Interior relatou que oito outras pessoas ficaram feridas em consequência dos ataques aéreos iniciados durante a noite.

Esses ataques ocorreram momentos antes de importantes negociações planejadas na Arábia Saudita, onde as partes, incluindo autoridades da Ucrânia, dos EUA e da Rússia, se reuniriam para discutir a segurança da navegação no Mar Negro em meio a intensos esforços diplomáticos para encerrar a guerra que já dura três anos.

Os Estados Unidos estão pressionando por um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia, visando um grande cessar-fogo até o dia 20 de abril, conforme noticiado pelo Bloomberg News, citando fontes com conhecimento do planejamento.

Apesar das tentativas de negociação, os confrontos persistem. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que as forças russas empregaram mais de 1.580 bombas aéreas guiadas, cerca de 1.100 drones de ataque e 15 mísseis contra alvos na Ucrânia apenas na última semana.

Zelensky declarou: "Precisamos de novas soluções e de pressão imediata sobre Moscou para interromper esses ataques e esta guerra devastadora". A situação na Ucrânia continua crítica, com a população civil enfrentando riscos alarmantes e um futuro incerto.