Um ataque aéreo devastador em Palmira, na Síria, resultou na morte de 71 pessoas, de acordo com a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O ataque direcionou seus mísseis a uma reunião de líderes de grupos pró-Irã, incluindo figuras do Hezbollah e do Iraquiano grupo Al Nujaba.

Entre as vítimas, 45 eram combatentes sírios leais ao Irã, enquanto 26 eram estrangeiros — a maioria iraquianos do Al Nujaba, além de quatro membros do Hezbollah libanês. Este evento trágico marca um ponto de virada nas hostilidades, sendo considerado os ataques mais letais contra grupos pró-Irã na Síria desde o início da guerra civil em 2011.

Os bombardeios incluiram pelo menos três ataques aéreos que atingiram áreas estratégicas na cidade, como um depósito de armas localizado perto de uma zona industrial. Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, afirmou à AFP que esses ataques refletem o aumento da intensidade das operações militares na região, especialmente desde que Israel intensificou sua campanha de bombardeios contra o Hezbollah no Líbano e na Síria a partir de 23 de setembro.

Palmira, famosa por suas impressionantes ruínas greco-romanas e reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO, já havia enfrentado sua cota de destruição durante o auge do conflito. O grupo terrorista Estado Islâmico tomaram conta da cidade e saquearam suas riquezas culturais, infligindo danos irreparáveis à herança síria. Agora, com este novo ataque, a preocupação pela segurança da região e o futuro do seu patrimônio cultural aumentam ainda mais.