Neste último sábado (28/12), a polícia italiana revelou que está investigando uma série de ataques cibernéticos realizados por um grupo de hackers conhecido como NoName057(16), que se declarou pró-Rússia. Os alvos incluem importantes sites, como os dos aeroportos de Milão, além do Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com Marco Valerio Cervellini, porta-voz da polícia nacional de segurança cibernética, os sistemas do Ministério, bem como os aeroportos de Malpensa e Milão-Linate, e até mesmo os sistemas de transporte das cidades de Siena e Torino, foram severamente impactados.

Em uma postagem compartilhada no Telegram, o grupo de hackers assumiu a responsabilidade pelos ataques, e especialistas estão agora trabalhando na identificação dos autores, além de auxiliar as instituições afetadas na recuperação dos sistemas.

Este grupo de hackers tem um histórico de atacar instituições públicas e setores estratégicos nos países que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), especialmente aqueles que expressam apoio à Ucrânia diante da invasão russa.

Vale ressaltar que a Rússia considera essencial que a Ucrânia não se junte à OTAN, como parte de sua estratégia para encerrar o conflito. O Kremlin também exige a proibição de exercícios militares em território ucraniano que envolvam tropas estrangeiras.

Esses ataques refletem a crescente tensão cibernética entre nações e a utilização de ciberataques como uma ferramenta de guerra moderna. A Itália, por estar no epicentro da política europeia e ter relações sólidas com a Ucrânia, torna-se um alvo cada vez mais estratégico para esses grupos. Especialistas em cibersegurança alertam que mais ataques podem ocorrer, e a proteção das infraestruturas digitais deve ser uma prioridade não apenas para a Itália, mas para toda a Europa.