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Ataques Precisos! Como os Mísseis ATACMS Transformarão a Guerra na Ucrânia

2024-11-18

Autor: Carolina

A recente autorização dos Estados Unidos para que a Ucrânia utilize os mísseis ATACMS marca uma mudança significativa na dinâmica do conflito com a Rússia. Essa decisão é uma resposta direta ao envio de tropas norte-coreanas para apoiar as forças russas, conforme reportado pelo jornal "The New York Times". Esta ação de enviar tropas norte-coreanas é vista como uma escalada da guerra, e a Rússia já expressou preocupação, afirmando que tal utilização dos mísseis poderia desencadear represálias severas.

Os mísseis ATACMS, que significam Army Tactical Missile Systems, são uma tecnologia avançada capaz de realizar ataques de precisão a alvos a uma distância de até 300 km. Para se ter uma ideia, a Rússia possui um dos maiores arsenais de mísseis do mundo, com cerca de 24 tipos diferentes, incluindo o poderoso 9K720 Iskander e mísseis de cruzeiro de longo alcance. Embora os EUA classifiquem os ATACMS como mísseis de longo alcance, há debates sobre sua categorização - alguns especialistas o consideram de curto alcance devido à sua capacidade de atingir alvos a até 480 km.

Antes dessa autorização, a utilização de mísseis de longo alcance pela Ucrânia era um tabu. O presidente russo, Vladimir Putin, havia prometido represálias caso isso acontecesse, inclusive mencionando a possibilidade de testes nucleares. A mudança de posição de Biden, a menos de dois meses de deixar a presidência, ocorre em um contexto de crescente tensão internacional, à medida que as operações militares russas se intensificam no território ucraniano.

Os EUA, junto com seus aliados da OTAN, consideraram essa autorização após uma nova fase da ofensiva russa que começou em maio de 2023. A França, por exemplo, discutiu a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, o que cedo ou tarde poderia alterar ainda mais o equilíbrio das forças em campo.

Muitos analistas acreditam que a permissão dada à Ucrânia é um sinal claro de que a administração Biden está disposta a escalonar a resposta ao envolvimento da Coreia do Norte ao lado da Rússia. As autoridades americanas estão cientes dos riscos, mas acreditam que o cenário atual da guerra exige uma ação ousada.

Desde fevereiro de 2022, quando as tropas russas invadiram a Ucrânia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apresentou um "plano de vitória" aos Estados Unidos e ao Parlamento ucraniano, visando não apenas a defesa, mas também uma estratégia de ofensiva ressentira contra as forças russas.

A Coreia do Sul, por sua vez, revelou que cerca de 12 mil soldados norte-coreanos já estão na Rússia e participando de treinamentos em bases militares russas. Alguns analistas avisam que esse número pode aumentar significativamente, levando a um potencial descontrole da situação e intensificando as tensões na região da Ásia e Europa.

Com a escalada do conflito, a preocupação dos países ocidentais cresce. A concretização da utilização dos mísseis ATACMS pela Ucrânia pode não apenas afetar a guerra, mas também desestabilizar padrões de segurança globais, especialmente se envolver as forças nucleares, conforme o espectro de uma nova guerra mundial se torna uma possibilidade mais tangível.