O ator sul-coreano Park Min-jae, famoso por seus papéis em k-dramas, faleceu tragicamente aos 32 anos na China, vítima de uma parada cardíaca. A notícia causou comoção entre os fãs e levantou questionamentos sobre a saúde cardiovascular entre os jovens, que se tornaram mais vulneráveis a esses problemas nos últimos anos.

Uma pesquisa alarmante revelou que, no Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por uma grande parte das fatalidades antes dos 60 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2019, os casos de infarto em pessoas com menos de 40 anos cresceram 59%. Um estudo da Universidade Harvard, realizado em 2019, corroborou esses dados ao indicar que o número de infartos em jovens aumentou a uma taxa de 2% ao ano.

As causas dessa epidemia podem ser atribuídas em grande parte ao estilo de vida contemporâneo. A obesidade, que afeta 20% da população brasileira, aumentou significativamente nas faixas etárias entre 18 e 44 anos na última década. Além disso, o consumo de drogas como a cocaína, que está ligado a um aumento significativo nas mortes por infarto, se tornou um grave problema de saúde pública. Dados do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia apontam que esse narcótico é responsável por cerca de 25% dos infartos agudos em jovens de 18 a 45 anos.

Mas a pergunta que não quer calar: infarto em jovens é pior? Segundo especialistas, sim. O cardiologista Edmo Atique Gabriel explica que, em jovens, as paradas cardíacas tendem a ser mais fulminantes e mortais, justamente pela falta de prevenção e pela ausência de doenças preexistentes que poderiam sinalizar um risco maior. Por outro lado, os idosos que já enfrentaram infartos podem ter uma rede colateral de vasos sanguíneos que ajuda a minimizar os danos durante um novo episódio.

A agilidade em prestar os primeiros socorros é crucial. A primeira hora após a parada cardíaca é vital; uma resposta rápida pode ser a diferença entre a vida e a morte. Ainda assim, a boa notícia é que, uma vez tratados, os jovens tendem a se recuperar melhor devido à saúde geral de seus órgãos internos, que frequentemente funcionam de forma mais eficiente do que em indivíduos mais velhos.

Esse aumento no número de casos de infarto entre jovens deve servir como um alerta para profissionais de saúde e para o público em geral. A conscientização sobre a importância de um estilo de vida saudável, com ênfase na alimentação balanceada, atividade física e redução do consumo de substâncias prejudiciais, é essencial para combater essa crescente epidemia de problemas cardíacos.