
Aumento alarmante de casos de leptospirose em Curitiba: Seis mortes já registradas!
2025-03-17
Autor: Julia
Nos primeiros dois meses de 2025, Curitiba enfrenta um cenário preocupante com a confirmação de 30 casos de leptospirose e seis mortes relacionadas à doença, elevando a taxa de letalidade a alarmantes 20%. Em comparação, no mesmo período de 2024, foram 34 casos e apenas quatro mortes, demonstrando um agravamento significativo da situação este ano.
O diretor do Centro Municipal de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Alcides Oliveira, alertou que a população deve estar atenta aos sintomas que podem surgir após o contato com águas de enchentes e inundações. Os primeiros sinais da leptospirose, frequentemente confundidos com gripe, exigem atenção imediata para evitar complicações. “É crucial buscar atendimento médico ao notar sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares”, enfatizou ele.
Em 2024, Curitiba registrou 102 casos de leptospirose, resultando em oito mortes, enquanto em 2023, foram 122 casos com cinco mortes. Os números deste ano, já com 30 casos e seis mortes, são um forte indicativo da gravidade da situação.
Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor muscular, especialmente nas panturrilhas, além de possíveis manifestações mais severas como icterícia, urina escura e sangramentos. A orientação é que qualquer pessoa que tenha estado em contato com água contaminada busque atendimento médico assim que os primeiros sintomas aparecerem.
Para garantir um diagnóstico eficaz, é importante informar ao médico sobre a exposição a águas de enchentes, ajudando na formação de um diagnóstico diferencial e no início do tratamento adequado. As consultas podem ser feitas pela Central Saúde Já, que oferece a opção de atender por telefone ou videoconferência, facilitando o acesso à saúde.
A leptospirose é causada pela bactéria leptospira, que é transmitida pela urina de animais infectados, principalmente roedores. A doença é mais propensa a ser contraída em períodos de alagamentos. O período de incubação pode variar entre um a 30 dias, sendo que os sintomas normalmente surgem entre sete a 14 dias após a exposição.
A prevenção é fundamental: durante a limpeza de áreas afetadas, recomenda-se o uso de luvas e calçados impermeáveis e fechados, além da descarte de alimentos que possam ter sido contaminados. É vital não levar a mão molhada aos olhos ou boca, e lavar bem os alimentos antes da ingestão.
Além disso, recomenda-se a desinfecção de áreas afetadas com água sanitária diluída e a supervisão de um profissional de saúde se surgirem sintomas nos próximos 30 dias após a exposição. Ligue, se necessário, para a Central Saúde Já para orientações adicionais.
Em meio a essa crise de saúde, a população precisa estar ciente e tomar medidas proativas para se proteger contra essa doença potencialmente fatal.