O Acidente Vascular Cerebral (AVC) desponta como uma das maiores ameaças à saúde global, sendo responsável por inúmeras mortes e incapacidades ao redor do mundo. Um estudo alarmante revela que, até 2050, a doença pode causar a morte de mais de 9,7 milhões de pessoas anualmente. Esta estatística preocupante levanta questões cruciais sobre a qualidade do ar e os fatores ambientais que afetam nossa saúde.

Recentemente, os brasileiros têm enfrentado condições climáticas adversas, com o tempo seco levando a sintomas como tosse, secura nasal e dificuldade respiratória. Essas condições são frequentemente exacerbadas pelas emissões de poluentes, especialmente em períodos de queimadas, que afetam ainda mais a saúde pública. Segundo a revista The Lancet Neurology, os casos de AVC aumentaram em impressionantes 70% nos últimos 31 anos, entre 1990 e 2021, com a poluição do ar contribuindo significativamente para o aumento das hemorragias cerebrais fatais.

A especialista em Neurologia Vascular, Gisele Sampaio, do Hospital São Paulo, enfatiza que a exposição à poluição e às altas temperaturas representa um fator de risco significativo para o AVC. A inalação de partículas nocivas presentes na atmosfera favorece processos inflamatórios nos vasos sanguíneos e pulmões, elevando o risco não só de AVC, mas também de infarto agudo do miocárdio.

Entre as doenças que mais matam no mundo, o AVC é ainda a maior causa de incapacitação funcional. Alguns dos fatores de risco incluem pressão alta, colesterol elevado, sobrepeso e estilo de vida sedentário. A Organização Mundial da Saúde alerta que, em países de baixa e média renda, o AVC tende a mostrar um aumento ainda mais expressivo.

Os sintomas de um AVC podem surgir de forma repentina, manifestando-se através de paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar e enxergar, tontura e dores de cabeça intensas. É vital procurar atendimento médico emergencial ao primeiro sinal desses sintomas, uma vez que o tratamento precoce pode resultar em melhor recuperação e redução de sequelas. Esteja atento à sua saúde e aos fatores de risco ao seu redor – a prevenção começa com a conscientização!