A prefeitura de Balneário Camboriú, localizado no Litoral Norte de Santa Catarina, foi condenada a pagar R$ 20 mil à ex-bailarina do famoso programa de televisão Faustão, Natacha Horana. A decisão judicial se refere à detenção da artista em julho de 2020, durante a pandemia de Covid-19, quando as aglomerações estavam rigorosamente proibidas.

O advogado de Natacha, Giovanni Vitor Finazzo, confirmou que a decisão foi em primeira instância e que ainda cabe recurso. "Ainda não fomos oficialmente notificados da sentença. Assim que ocorrer, decidiremos sobre um eventual recurso, dentro do prazo legal", explicou em comunicado à imprensa.

Natacha foi presa em uma festa clandestina em um apartamento na cidade, onde cerca de 20 pessoas estavam reunidas. A ação da fiscalização foi iniciada quando os agentes chegaram ao local. Durante a abordagem, Natacha tentou agredir um dos fiscais, que registrava a infração. A situação imediatamente ganhou repercussão e crítica, levantando questões sobre a atuação do poder público.

Em nota, o advogado defendeu que houve abuso de poder por parte da prefeitura de Balneário Camboriú, que causou danos à imagem e à honra de Natacha, justificando a indenização por danos morais. A prefeitura, por sua vez, optou por não comentar a decisão judicial.

Entretanto, a recente prisão de Natacha Horana surpreendeu a muitos. A ex-bailarina, de 33 anos, foi detida na última semana pela Polícia Civil de São Paulo em uma investigação por lavagem de dinheiro ligada a uma facção criminosa envolvida com tráfico de drogas.

Na hora da prisão, realizada em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, Natacha foi encontrada com R$ 120 mil em dinheiro e um carro de luxo avaliado em R$ 200 mil, além de computador, documentos e um HD externo. Essa descoberta lançou uma nova sombra sobre o seu nome, que até então era conhecido principalmente por sua carreira na dança.

Nascida e criada em uma família humilde, Natacha foi incentivada pela mãe, uma bancária que lutou para sustentar os filhos após a morte do marido. A vizinha e amiga da família, Ivanir Firmo, comentou: "A mãe dela sempre a levava para dançar, ela tinha um talento nato e a mãe era muito orgulhosa. Nunca imaginei que ela seguiria por esse caminho".

A operação policial que resultou na prisão de Natacha foi parte de uma ação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio Grande do Norte, com mandados cumpridos em três estados. As investigações visam combater organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas no Brasil.

À medida que novas informações surgem, muitos se perguntam: como uma ex-bailarina que parecia estar em uma trajetória de sucesso se envolveu em atividades ilegais? Esta história tomou um rumo inesperado e levanta questões sobre as pressões sociais e os caminhos que a vida pode tomar.