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Bancos se Reúnem no BC: Mudanças no FGC e Futura Aquisição do Banco Master em Pauta

2025-04-05

Autor: Matheus

Uma importante reunião ocorreu hoje no Banco Central, com a presença do presidente Gabriel Galípolo e os CEOs dos principais bancos do Brasil, incluindo Itaú, Bradesco, Santander e BTG. O encontro teve como foco principal possíveis mudanças nas regras do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e a análise da aquisição da parte do Banco Master que não foi comprada pelo Banco de Brasília (BRB).

De acordo com informações obtidas, foram discutidas alterações na Resolução nº 4.222 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que regula o funcionamento do FGC. Os grandes bancos estão buscando endurecer as regras de captação para instituições financeiras menores que dependem do fundo, visando proteger melhor seus próprios interesses em meio a um ambiente econômico desafiador.

As discussões sobre o FGC não são novas; começaram no ano passado, mas tomaram nova vida em decorrência da situação do Banco Master, que anunciou recentemente um acordo para ser adquirido pelo BRB. Essa movimentação gerou preocupação entre os grandes bancos, que já haviam sentido a necessidade de revisar as normas de operação do fundo até o final de 2023.

O Banco Central já havia alterado as regras do FGC, estipulando que instituições que superassem 75% da captação garantida pelo fundo teriam que pagar uma contribuição adicional de 0,01% sobre o valor dos depósitos assegurados. Agora, os bancos propõem que esse limite seja reduzido para 50%, com um aumento na alíquota da contribuição adicional para 0,10%.

"Foi uma reunião de trabalho, mas não houve decisões definitivas", afirmou uma fonte próxima ao encontro. Em um comunicado, o Banco Central ressaltou que a reunião foi uma oportunidade para tratar de temas importantes e alinhar as agendas dos participantes.

Outro ponto de discussão foi a situação do Banco Master, que deve ser segmentado entre o BRB e outros bancos. O BRB já se comprometeu a adquirir 58% do capital do Master, e há uma proposta de que o banco fique com a parte relacionada ao varejo, enquanto o BTG ficaria com os ativos restantes. Instituições como Itaú, Bradesco e Santander também estão dispostas a participar da aquisição de forma colaborativa, com o apoio do FGC, numa tentativa de garantir a estabilidade financeira.

Os bancos privados estão saindo da reunião com a missão de avaliar a compra da parte que não será adquirida pelo BRB, vislumbrando vantagens em potencial, especialmente no que diz respeito a precatórios.

Além disso, caso a solução envolva o FGC, há a possibilidade de que o fundo forneça um empréstimo emergencial ao Banco Master ou ofereça garantias para os bancos que decidirem investir na aquisição dos ativos. Porém, qualquer solução precisa da aceitação do controlador do Master, Daniel Vorcaro, que ainda não manifestou sua posição definitiva.

Fique ligado para mais atualizações impactantes sobre o sistema financeiro brasileiro e as movimentações de mega bancos na aquisição de ativos críticos!