Uma bola de fogo cruzou o céu de Beirute após uma série de bombardeios israelenses que atingiram os subúrbios ao sul da capital libanesa nas noites de sábado e domingo (6 de outubro). Este foi o bombardeio mais intenso que a cidade viu desde o início da escalada das hostilidades entre Israel e Hezbollah no último mês.

Moradores relataram que as explosões foram tão potentes que ecoaram por toda a Beirute, criando flashes vibrantes de luz vermelha e branca que podiam ser vistos a quilômetros de distância, durando quase 30 minutos. "A noite passada foi a mais violenta de todas. Os prédios tremiam e, a princípio, pensei que fosse um terremoto", comentou Hanan Abdullah, um residente de Burj al-Barajneh, uma das áreas mais afetadas.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram sérios danos na rodovia que liga o aeroporto de Beirute ao centro da cidade, com explosões também sendo relatadas em momentos em que aeronaves pousavam no Aeroporto Internacional Rafik Hariri. Este choque entre bombardeios e operações aéreas civis tem gerado um clima de pânico entre a população.

As forças armadas israelenses têm intensificado os ataques na capital libanesa, que já resultaram em cerca de 2 mil mortes em toda a extensão do território libanês, desde o disparo de hostilidades em outubro de 2023.

O Exército israelense informa que essas ações têm como alvo fábricas militares e posições estratégicas do Hezbollah. Recentemente, Israel confirmou a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um bombardeio em Beirute. A morte de Nasrallah é um dos catalisadores para a intensificação da resposta militar israelense, e fontes afirmam que Hashem Safieddine, cogitado como seu sucessor, está desaparecido.

O bombardeio que eliminou Nasrallah não foi um evento isolado, mas sim parte de uma série de ações militares divulgadas por Israel como resposta direta às provocações do Hezbollah, que, por sua vez, bombardeou o norte de Israel em solidariedade ao Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.

Nos últimos meses, a tensão entre Israel e Hezbollah cresceu, com cada lado buscando ganhar território e influência. O aumento das operações militares foi motivado também pela explosão de equipamentos de comunicação do Hezbollah em operações coordenadas, além de ações inesperadas e segredos de estratégia entre os dois lados.

Fontes de segurança afirmam que a situação pode evoluir para um conflito mais amplo, com os líderes israelenses alertando sobre novas operações militares abrangentes. O recente histórico de hostilidades entre os dois lados, incluindo o bombardeio no dia 23 de setembro, que resultou no maior número de baixas desde a guerra de 2006, reflete a gravidade dos desenvolvimentos atuais.

A comunidade internacional observa atentamente, enquanto os líderes de ambos os lados preparam suas próximas jogadas. As consequências de uma guerra prolongada não só afetarão a região, mas também poderão ter repercussões em escala global. A situação em Beirute é, agora, um ponto central em uma complexa teia de relações políticas e militares que se desdobrará nas próximas semanas. Fique atento para mais atualizações sobre esta crise!