A criadora de conteúdo adulto, Martina Oliveira, mais conhecida pelo seu apelido ‘Beiçola da Privacy’, deu o que falar ao anunciar sua nova memecoin na rede Solana, sob o ticker $BCT. O movimento a coloca na lista de celebridades que estão criando suas próprias criptomoedas, um fenômeno que se popularizou nos Estados Unidos, com figuras como Izzy Azalea, e até mesmo a famosa 'garota Hawk Tuah', que se destacou em uma entrevista de rua.

Antes do lançamento, ‘Beiçola’ gerou expectativa no mercado, ao afirmar em suas redes sociais que preferia Solana em vez de Ethereum, destacando a plataforma como mais acessível e econômica para “gente como a gente”. Esse aspecto é especialmente atraente em um cenário onde as taxas de transação na Ethereum têm desencorajado muitos pequenos investidores.

A criadora possui um ‘roadmap’ ambicioso para o $BCT, com metas de preço e desbloqueios planejados, algo que é incomum no ecossistema cripto brasileiro que geralmente adota referências em dólares. A inovação na elaboração das métricas também é um diferencial, já que elas são apresentadas em reais, o que pode facilitar a compreensão para a maioria dos investidores locais.

A memecoin $BCT, no entanto, enfrenta sérias preocupações de segurança. Ferramentas de auditoria, como RugCheck, atribuiram ao token uma pontuação alarmante de 37/100, indicando um alto risco para os investidores. A pool de liquidez, essencial para a estabilidade de qualquer criptoativo, teve uma classificação crítica de apenas 21/100, sugirindo que a liquidez disponível é insuficiente, o que pode tornar complicado para os investidores retirarem seus fundos quando necessário.

Adicionalmente, a liquidez insuficiente pode ser alvo de práticas fraudulentas conhecidas como “rug pull”, onde desenvolvedores retiram a liquidez do ativo, deixando os investidores no zero a zero. Uma análise de segurança realizada pelo Soul Scanner e Pocket Universe Security alarmou investidores ao revelar que 81,3% das transações vinham de carteiras recém-criadas, o que é um sinal vermelho de manipulação de mercado.

Além disso, a centralização das compras — com 13,59% das transações agrupadas — também levanta suspeitas de manipulação de preços, sugerindo que um pequeno grupo poderia estar controlando a maior parte das transações do token, aumentando a volatilidade e a insegurança do investimento.

Este cenário delicado faz com que potenciais investidores avaliem com cautela qualquer envolvimento com a nova memecoin de 'Beiçola da Privacy'. O futuro do $BCT ainda é incerto, e a comunidade cripto está atenta para saber qual será o próximo passo da influenciadora no mundo das criptomoedas. Será que ela conseguirá superar as desconfianças e garantir um espaço duradouro no mercado cripto?