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Belo Horizonte abraça a magia do Studio Ghibli com artistas locais e ignora a IA!

2025-04-05

Autor: Gabriel

Em uma ação inovadora, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) convidou diversos artistas locais a revitalizarem locais icônicos da capital mineira, seguindo a onda da estética do Studio Ghibli, famoso por suas animações que capturam a magia e a beleza do cotidiano.

Locais emblemáticos como o Mineirão, a Praça da Liberdade, a Igreja de São José, a Praça Sete e o Mercado Central foram escolhidos para receber intervenções artísticas. Cada artista trouxe sua interpretação única e traços característicos, infundindo novos significados a esses espaços já tão queridos pela população.

Entre os artistas, destaca-se o chargista Duke, que trouxe à vida uma intervenção no Mineirão. Neste mural, ele ilustrou os mascotes dos times mineiros, Cruzeiro e Atlético, recriando-os com seu famoso estilo. Duke explicou: "Quando vi o Mineirão, não tive dúvidas. Meu trabalho atual na Ráido Itatiaia é totalmente ligado ao futebol, e eu queria apresentar meus mascotes de uma maneira única."

Esse projeto artístico também surge em um momento em que a discussão sobre o uso de inteligências artificiais na criação artística está acirrada. Duke expressou preocupação sobre como as ferramentas de IA estão moldando o futuro da arte. "Ninguém é contra o avanço tecnológico, mas as IA levantam questões éticas sérias, especialmente no que diz respeito aos direitos autorais. Essas ferramentas muitas vezes se alimentam do trabalho de artistas e o disponibilizam gratuitamente, lucrando com isso", comentou.

Paralelamente, uma nova tendência nas redes sociais começou a circular nesta semana, onde usuários estavam requisitando às Inteligências Artificiais a recriação de imagens com o estilo do Studio Ghibli. Essa tendência gerou um intenso debate: muitos adoraram a ideia, enquanto outros ressaltaram as implicações éticas e ambientais por trás do uso de IA na arte.

Hayao Miyazaki, fundador do Studio Ghibli, já se mostrou contrário ao uso de Inteligências Artificiais, definindo sua aplicação na criação artística como "um insulto à vida". Essa visão crítica se alinha com a necessidade crescente de respeitar e valorizar a produção artística genuína.

De acordo com a CNN Brasil, uma recente atualização do Chat GPT, que permitiu criar imagens inspiradas pelo Studio Ghibli, rapidamente atraiu 1 milhão de novos usuários em apenas uma hora. Um fenômeno que levanta preocupações sobre o valor do trabalho artístico e o capitalismo digital.

"Estamos vendo que muitos estão lucrando intensamente com o conteúdo que artistas dedicaram a vida inteira para criar. Imagine um artista que passa anos desenvolvendo um estilo único e, de repente, uma plataforma copia seu trabalho e o disponibiliza a todos", concluiu Duke, destacando a importância de manter a integridade e o respeito pela verdadeira arte. Neste cenário, Belo Horizonte se destaca como um exemplo de como a criatividade humana pode se sobrepor aos desafios da tecnologia.