O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) deu um passo significativo em direção à inovação e sustentabilidade ao anunciar, na última terça-feira (25), um investimento de R$ 20 milhões para a construção de um novo prédio que abrigará o Centro de Inteligência em Sustentabilidade. Esta iniciativa marca a primeira fase de uma expansão do parque, que comemora 20 anos de existência no próximo mês.

As obras são esperadas para durar cerca de 18 meses e incluirão uma área inovadora dedicada a "living labs", laboratórios vivos equipados com containers feitos de material sustentável. Este projeto é financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), emendas parlamentares e recursos provenientes do governo mineiro.

Marco Crocco, presidente do BH-TEC, enfatizou a alta demanda por espaço que o parque enfrenta, afirmando: "Hoje, nosso maior desafio está em acomodar as empresas interessadas na nossa infraestrutura". A expansão prevista possibilitará a construção de 50 novos laboratórios, conectando a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ao ambiente produtivo.

Crocco destacou que essa estratégia busca gerar empregos de qualidade, alavancar a renda e fortalecer a competitividade das empresas. "Com a expansão, seremos capazes de integrar novas startups e centros de pesquisa ao nosso ecossistema, promovendo o desenvolvimento tecnológico e científico para toda a sociedade", complementou.

Atualmente, o BH-TEC abriga laboratórios de alta tecnologia, que passam por rigorosa avaliação de um comitê técnico. As empresas presentes no parque atuam em diversas áreas, incluindo robótica e biotecnologia, com uma expectativa de ocupação total do novo espaço já no lançamento.

O vice-reitor da UFMG, Alessandro Moreira, ressaltou a importância do BH-TEC como um verdadeiro polo de inovação e empreendedorismo. Ele comentou que as atividades do parque não se limitam apenas à tecnologia, mas também se estendem a outras áreas das humanidades e da educação, reforçando seu papel na conexão entre a academia e o mercado.

Futuras iniciativas incluem a utilização de espaços subterâneos para estacionamentos e a construção de um prédio exclusivo para os Centros Tecnológicos da UFMG, com foco em vacinas, nanomateriais e terapias inovadoras, totalizando mais uma estimativa de R$ 20 milhões em investimentos.

"O desafio orçamentário é um obstáculo constante, mas estamos comprometidos em juntos buscar soluções. O capital intelectual da universidade sempre apoiará essa jornada. Nosso objetivo é criar um espaço colaborativo que integre diversas vertentes tecnológicas, promovendo um ambiente propício ao avanço e à inovação", concluiu o vice-reitor. O BH-TEC se consolida como um importante hub de desenvolvimento sustentável e inovação, pronto para enfrentar os desafios do futuro.