O Project Liberty, liderado pelo bilionário Frank McCourt, anunciou nesta quinta-feira (9) uma proposta formal à ByteDance para a aquisição dos ativos do TikTok nos Estados Unidos. Essa decisão ocorre em um momento crítico, com a ByteDance enfrentando um prazo até 19 de janeiro para a venda da plataforma, sob risco de proibição decretada pelo governo dos EUA, após uma legislação assinada pelo presidente Joe Biden em abril do ano passado.

O consórcio não revelou o valor da oferta, mas deixou claro que possui o suporte financeiro necessário para a transação. Esse respaldo inclui manifestações de interesse de investidores significativos, como grandes fundos de private equity, escritórios familiares e indivíduos de alto patrimônio líquido. Além disso, o consórcio conta com financiamento de dívida caracterizado por um dos maiores bancos dos Estados Unidos, o que reforça a viabilidade do negócio.

Frank McCourt, que ganhou destaque como ex-proprietário do time de beisebol Los Angeles Dodgers, formou o Project Liberty no ano passado com o objetivo explícito de garantir a continuidade do TikTok no território americano, sem os riscos de um bloqueio. Em suas declarações, McCourt enfatizou: "Ao manter a plataforma em operação, evitamos a dependência do atual algoritmo do TikTok, permitindo que milhões de americanos continuem desfrutando da plataforma. Estamos prontos para colaborar com a ByteDance, com o presidente eleito Trump, e com o novo governo para viabilizar essa aquisição".

Esta movimentação gera um cenário intrigante no campo das redes sociais e da privacidade digital, especialmente em um período em que o TikTok é alvo de crescentes pressões políticas e questões sobre a segurança de dados dos usuários. O que poderá acontecer caso a proposta se concretize? Será que o TikTok permanecerá livre de restrições nos EUA? As próximas semanas prometem ser decisivas, e os olhos do mundo estarão voltados para o desdobramento dessa negociação.