Tecnologia

Bolha nas Ações de IA? EUA liquidam US$ 6,5 Bilhões em Bitcoin e os Dois Anos da Fraude da Americanas (AMER3): Os Principais Acontecimentos da Semana

2025-01-13

Autor: Matheus

A semana foi marcada por eventos significativos no cenário financeiro global e brasileiro. O frenesi em torno das chamadas “Magnificent Seven” — Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Nvidia, Meta (mãe do Facebook, WhatsApp e Instagram) e Tesla — tem levantado questões sobre a possibilidade de estarmos diante de uma nova bolha no mercado de ações, semelhante à bolha das telecomunicações nos anos 2000. Howard Marks, cofundador da Oaktree Capital, que possui atualmente US$ 205 bilhões sob gestão, emitiu um alerta sobre o risco crescente de uma bolha neste setor.

Em seu memorando, Marks traçou paralelos entre o cenário atual e bolhas anteriores, como a das ações de tecnologia nos anos 1990 e a bolha imobiliária de 2008. Ele destacou que, além do aumento acentuado nos preços das ações, essa nova bolha se caracteriza por uma “mania temporária” alimentada por fatores como alta especulação, otimismo exagerado dos investidores e um ambiente econômico favorável.

Além disso, os investidores precisam manter-se atentos a uma nova e preocupante movimentação no mercado de criptomoedas. Um tribunal da Califórnia autorizou o governo dos EUA a vender US$ 6,5 bilhões em Bitcoin, resultante da maior apreensão federal de criptomoedas da história. Esta decisão, que marca o fim de uma complexa batalha judicial de quatro anos, gerou um estremecimento no valor do Bitcoin, trazendo um sinal de alerta para os investidores sobre a possível volatilidade do mercado.

No Brasil, a varejista Americanas (AMER3) completa dois anos da revelação de sua fraude contábil. Desde que a verdade veio à tona, as ações da empresa sofreram uma queda impressionante de 99,5%. Atualmente, tanto os investidores quanto a própria Americanas lutam para se recuperar dos impactos desta crise que abalou o mercado de capitais brasileiro, em um episódio que é considerado um dos maiores escândalos financeiros do país.

Em meio a esses eventos tumultuados, a Petrobras (PETR4) anunciou sua intenção de se reposicionar como uma grande produtora de etanol, buscando parcerias estratégicas com empresas como São Martinho (SMTO3) e Raízen (RAIZ4). A empresa tem o objetivo de diversificar seu portfólio e se manter relevante em um mercado em rápida transformação.

Por último, em uma análise sobre o futuro econômico do Brasil, Fabio Kanczuk, ex-diretor de Política Econômica do Banco Central, compartilhou sua visão de que o cenário em 2025 será de continuidade da crise econômica, com a Selic em torno de 15%, um dólar estimado em R$ 6,50 e inflação próxima de 6%. Essa previsão acende um alerta sobre a necessidade de estratégias sólidas para proteção financeira e investimentos futuros.