Bolsonaro Critica IBGE Após Queda Histórica do Desemprego e Encontro com Roncaglia
2024-12-28
Autor: Pedro
Após a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de uma queda histórica do desemprego no Brasil, que atingiu 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024 — o menor índice desde o início da série histórica — Jair Bolsonaro (PL) não poupou críticas ao instituto, chamando os dados de "mentirosos".
O economista e diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), André Roncaglia, rebateu as declarações de Bolsonaro, ressaltando que a "mentira" que o ex-presidente não consegue aceitar é a realidade dos números: "O sucesso do governo Lula na geração de empregos é inegável, totalizando 3,5 milhões de empregos formais criados em apenas dois anos".
Roncaglia acrescentou que a expansão da população ocupada, agora em 102,8 milhões de pessoas, é fundamental para a diminuição da taxa de desocupação. Somente até outubro de 2024, a economia brasileira criou 2,1 milhões de novas vagas com carteira assinada, um impressionante aumento de 18,6% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram gerados 1,8 milhão de postos de trabalho.
Além disso, ele destacou que o governo Lula tem superado seu antecessor no incentivo ao emprego formal, refletindo em um mercado de trabalho aquecido onde os rendimentos médios reais subiram 5,6% em relação ao ano anterior, alcançando um valor média de R$ 3.311.
"Ao deslegitimar uma metodologia de coleta de dados amplamente reconhecida — ainda que não perfeita —, Bolsonaro acaba por desqualificar as modestas conquistas de seu próprio governo na área de emprego", concluiu Roncaglia.
Esse cenário parece indicativo de um mercado em recuperação, mas a insistência de seu antecessor em desacreditar os dados oficiais levanta questões sobre a relação da política brasileira com a verdade econômica. A briga entre dados e narrativas continua, e a população aguarda ansiosa por mais resultados que representem um futuro melhor.