Braga Netto enfrenta a possibilidade de até 41 anos de prisão, e as repercussões disso têm sido alarmantes entre os militares que estiveram próximos a Jair Bolsonaro (PL) e aos indiciados pela Polícia Federal (PF). Esses oficiais veem as manobras políticas, como tentativas de anistia no Congresso, como as últimas cartas na manga do ex-presidente para evitar responsabilidades na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.

"Ele não tem muitas opções agora. Seu único recurso é fazer pressão política no Congresso ou buscar apoio internacional, talvez contando com a ajuda de Trump", afirma um ex-integrante do governo, ressaltando a percepção de que Bolsonaro está encurralado.

Os militares que vivenciaram a administração Bolsonaro consideram que o ex-presidente se tornou um "passageiro da agonia". Essa expressão, além de descrever a situação de Bolsonaro, é também o título de um filme sobre o assaltante de bancos Lúcio Flávio, que atraiu a atenção da mídia nos anos 70. O filme, dirigido por Hector Babenco, foi censurado pela ditadura militar à época.

Com a prisão de Braga Netto, muitos acreditam que a última barreira entre Bolsonaro e o indiciamento em uma trama golpista foi quebrada. O cerco se estreita, e as consequências podem ser severas.

Embora a expectativa entre os militares e os investigadores seja de que Braga Netto não se comprometa em uma delação premiada, há um temor crescente de que outros generais estejam sob pressão para colaborar com as investigações. O general Mario Fernandes é um dos nomes mais comentados, suspeito de estar envolvido em um plano que incluiu o assassinato do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).

A situação se complica ainda mais com as recentes investigações na esfera militar. O advogado de Fernandes, Marcus Vinicius Figueiredo, nega qualquer possibilidade de delação, mas a tensão entre os oficiais aumenta a cada dia. O que está por vir pode levar a revelações surpreendentes e uma reviravolta no cenário político brasileiro. A pergunta que não quer calar é: será que Bolsonaro conseguirá se livrar dessa armadilha, ou o destino lhe reserva um fim sem precedentes? Fique atento, pois os desdobramentos são iminentes!