Jair Bolsonaro (PL) não teve papas na língua ao reagir a Pablo Marçal (PRTB), que condicionou seu apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno das eleições em São Paulo a um pedido de desculpas do ex-presidente.

Quando questionado sobre a exigência de Marçal, Bolsonaro disparou xingamentos, deixando claro que as chances de uma retratação por parte do ex-presidente são praticamente nulas.

Apesar da resposta intensa, Bolsonaro pensa em seguir em frente, ignorando o ex-coach que saiu derrotado nas urnas. Ele acredita que Marçal se tornará inelegível em breve, isto em razão de um laudo médico falso que o candidato divulgou na véspera do primeiro turno, tentando manchar a imagem do concorrente Guilherme Boulos (PSol), acusando-o de uso de cocaína.

Marçal também pediu desculpas de outras figuras proeminentes, incluindo o governador Tarcísio de Freitas, o pastor Silas Malafaia, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além do próprio Ricardo Nunes. Em entrevista na terça-feira (8/10), Marçal foi categórico: “A consideração de um apoio a Nunes está condicionada a (uma retratação de) Malafaia, Bolsonaro, Eduardo, Tarcísio e ele (Nunes).”

Por sua vez, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou ao Metrópoles que seu pai não teme perder o protagonismo político para Marçal. Ele enfatizou ainda que, embora se mostre confiante, há pesquisas internas que sugerem que, nas próximas eleições de 2026, Bolsonaro pode ter um embate favorável contra Marçal.

Vale lembrar que esses conflitos no cenário político paulista refletem a polarização crescente no Brasil, onde disputas acirradas entre aliados e adversários têm se tornado cada vez mais comuns. A trajetória de Marçal deve ser cuidadosamente acompanhada, especialmente à medida que as eleições de 2026 se aproximam. Os eleitores estão ansiosos para ver como essa história se desenrolará e como cada movimento político poderá impactar o futuro do país.