
Bolsonaro zomba do arquivamento de inquérito por perturbação a baleias
2025-03-31
Autor: Fernanda
Jair Bolsonaro fez piada com o arquivamento de um inquérito que investigava sua suposta importunação a baleias, após pilotar uma moto aquática muito perto desses majestosos animais nas costas de São Paulo. O Ministério Público Federal (MPF) concluiu que não havia evidências suficientes de que sua ação tivesse realmente perturbado os cetáceos.
Na segunda-feira, Bolsonaro postou uma charge humorística em suas redes sociais, retratando uma baleia sentada no tribunal, com um júri formado por outros animais, acompanhada da frase: "Baleia presta depoimento contra Bolsonaro". Essa provocação foi vista como uma forma de desdém ao que considerou uma acusação infundada.
O inquérito foi instaurado após a divulgação de imagens e vídeos nas redes sociais, onde se via a moto aquática se aproximando de uma baleia a apenas 15 metros de distância. A procuradora Marília Soares Ferreira Iftim afirmou que a gravação foi feita por uma única pessoa na moto, que também pilotava enquanto filmava. A identidade dessa pessoa foi atribuída a Jair Bolsonaro.
Apesar de ter recebido uma multa de R$ 2,5 mil, ele não foi indiciado. A legislação brasileira estabelece que é proibido aproximar embarcações a menos de 100 metros de qualquer espécie de baleia com o motor ligado, sendo essa uma infração administrativa contra o meio ambiente.
O MPF argumentou que não restou comprovado que Bolsonaro tivesse 'incomodado, maltratado, enfadado ou causado danos a qualquer espécie de cetáceo'.
Esse caso levanta questões importantes sobre o respeito à vida marinha e a preservação ambiental, especialmente em uma época em que o aquecimento global e a poluição das águas ameaçam a sobrevivência de muitas espécies. A situação foi vista por ambientalistas como uma oportunidade para discutir a conscientização sobre a proteção dos oceanos e a necessidade de sanções mais severas para infrações ambientais.